Ventura diz que Mário Soares é "cúmplice de um sistema de donos disto tudo"

por RTP

O presidente do Chega começou por recordar “opapel incontornável do homem que marcou também o 25 de novembro, que nos impediu de ter uma ditadura de sinal contrário, marcada pelo apoio da União Soviética, e pelo homem que deu os primeiros passos na Europa por parte de Portugal”.

No entanto, defendeu de seguida que “esta cerimónia solene desta forma, neste modelo, não devia estar a acontecer”, afirmando que Mário Soares “é também cúmplice e ativista de um sistema de donos disto tudo, que se iniciou à sua sombra e se manteve à sua sombra”.

“À sombra de Mário Soares muitos enriqueceram, por si ou por intermédio. (…) À sombra de Mário Soares criou-se uma cultura de impunidade política que deixa até hoje as suas teias e o seu rasto”, disse André Ventura, tecendo ainda duras críticas ao que diz ter sido “um processo de descolonização desastrosa e desumana”.

“Nenhuma cerimónia evocativa podia algum dia esquecer aquele que é também um legado profundamente negro daqueles que depois do 25 de abril conduziram Portugal, e de que Mário Soares é um dos principais responsáveis”, concluiu.
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