Taxar os mais ricos? "É um caminho", afirma Paulo Raimundo

por RTP

Questionada sobre as "borlas fiscais" anunciadas por vários partidos, Mariana Mortágua lembrou as três prioridades do Bloco nesta campanha: o acesso à habitação, proteger quem trabalha por turnos e "taxar os ricos", ou, por outras palavras, a concentração de riqueza nacional num pequeno número de famílias.

Assinalou que "grandes empresas têm milhares de milhões de lucro e pagam o salário mínimo" aos seus trabalhadores e salientou que a medida proposta pelo BE prevê taxar os 0,5% mais ricos com uma taxa de 1,7 por cento sobre o seu património.

Paulo Raimundo reconheceu que a proposta da taxação dos mais ricos "é um caminho", mas considera que já há recursos suficientes "para distribuir de outra maneira". Lembrou, por exemplo, o dinheiro entregue a parcerias público-privadas.

Quanto aos constrangimentos orçamentais e à necessidade de "contas certas", o secretário-geral da CDU diz que constrangimentos "são as brutais dificuldades do nosso povo". Se não for para as resolver, "para que serve um Estado?", inquiriu Paulo Raimundo.

"O Estado deve ter contas certas em função do seu povo", dando prioridade à situação "gravíssima" na habitação, problema que nenhum Governo teve ainda "coragem para enfrentar".

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