"Reforço eleitoral". PCP não rejeita possibilidade de "geringonça" com PS

por RTP

Em declarações sobre a situação política do país e em reação às declarações do presidente da República, Paulo Raimundo sublinhou a importância de ainda estar por negociar e aprovar o Orçamento de Estado para 2024. 

“Para defender o interesse dos bancos, da distribuição, das empresas de Energia, a direita de facto não precisa de outro Orçamento. Este serve e serve bem”, afirmou o líder comunista. 

A realidade do país, continuou o secretário-geral do PCP, “revela a necessidade de uma política alternativa que dê resposta aos problemas nacionais e à grave económica e social em que vivemos”, referindo-se às questões relacionadas à Saúde, à Habitação ou à Educação.

“Os problemas não ficam à espera”, frisou ainda. “É agora que é necessário exigir respostas imediatas e influenciar o rumo político futuro”. 

Sobre as eleições antecipadas, Paulo Raimundo assegurou que o PCP e a CDU “encaram a batalha eleitoral com grande confiança” e como uma “oportunidade de reforçar a sua força e expressão eleitoral”. 

Questionado sobre a liderança do Partido Socialista e a possibilidade de o PCP fazer acordo político com o PS, como uma “geringonça”, o líder comunista respondeu que o “que determinará o futuro do país (…) só passa por uma solução: é reforçar o PCP e CDU do ponto de vista eleitoral”. 

“O que os últimos anos têm demonstrado é que, quando o PCP e a CDU crescem, isso tem consequências positivas na vida das pessoas”, argumentou. “É a única garantia que existe é essa”.
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