Realiza-se hoje o primeiro debate do Estado da Nação protagonizado por Luís Montenegro. Deverá ficar marcado por um balanço da Governação da AD, Aliança Democrática, iniciada em abril, e pelo Orçamento do Estado e estabilidade da governação.
O último debate no parlamento antes do verão terá uma duração aproximada de quatro horas. Será aberto com uma intervenção do primeiro-ministro, que pode durar até 40 minutos, e será também encerrado pelo Governo.
Seguem-se os pedidos de esclarecimento ao primeiro-ministro, começando pelo PS e depois por ordem decrescente de número de deputados PSD, CH, IL, BE, PCP, L, CDS-PP e PAN, e a fase de intervenções das forças políticas e do executivo.
O tema da estabilidade política e das condições para aprovar o Orçamento do Estado para 2025 deverão marcar a discussão.
Na terça-feira, foi anunciado que o primeiro-ministro vai receber na sexta-feira todos os partidos com assento parlamentar "sobre o Orçamento do Estado para 2025".
No mesmo dia, o Presidente da República afirmou que quer ajudar a criar um clima favorável à passagem do próximo Orçamento do Estado, também com as decisões que toma sobre leis, e falando menos, para evitar ruídos.
Recusou responder se, em caso de chumbo do Orçamento do Estado, irá dissolver a Assembleia da República, como fez há três anos: "Eu não quero dizer mais do que aquilo que disse".
Na semana passada, num Conselho Nacional do PSD, o líder social-democrata e primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou que, se o PS estiver a fazer jogo sobre a negociação do Orçamento, então tenha a coragem de deitar abaixo o Governo, referindo-se a uma moção de censura.
Um dia depois, o líder do PS, Pedro Nuno Santos, acusou o primeiro-ministro de ter feito uma "ameaça de eleições" no dia em que os socialistas tinham mostrado disponibilidade para negociar e viabilizar o Orçamento do Estado.