Presidente da República diz que há poucos escritores "tão vivos" quanto Eça

por RTP

Foi a vez do presidente da República subir ao púlpito para discursar. Para Marcelo Rebelo de Sousa, poucos escritores estão tão vivos quanto Eça de Queiroz.

“Vivos porque os lemos de facto, por oposição a termos lido por obrigação escolar, por oposição a serem um vago nome de rua ou de jardim. Quantos serão esses mortos aos quais damos vida porque os lemos?”, questionou.

Para Marcelo, “a maior homenagem a Eça será sem dúvida reeditá-lo, estudá-lo e, acima de tudo, lê-lo”, mas “há atos de justiça, como esta trasladação, mesmo não conhecendo as vontades do escritor sobre a matéria”.

“Nunca haverá uma maneira certa de comemorar Eça, porque todas as comemorações ficam aquém. São de algum modo desajustadas”, disse.

“Esta sessão é uma homenagem dos portugueses através dos seus representantes. Não é um ato de somenos, antes um justo reconhecimento. Mas sabemos que temos de cuidar sobretudo da obra de Eça”, concluiu.
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