Na sua intervenção ao Parlamento, Manuel Pizarro fez questão de “reafirmar que o SNS é um elemento essencial de Portugal de Abril, que ajudou os portugueses a alcançar resultados em saúde que ombreiam ou superam os países mais desenvolvidos, que é um instrumento insubstituível de coesão social e territorial”.
“Graças ao SNS democratizamos o acesso à Saúde”, afirmou, recordando o contributo do Serviço Nacional de Saúde na época da pandemia.
“O SNS está presente todos os dias, em todo o país e a todas as horas”.
Contudo, o “SNS está sob pressão acrescida”, com o aumento da esperança de vida, da literacia da população, a “extraordinária evolução da Medicina”.
“Devemos reconhecer o esforço que tem sido exigido aos profissionais do SNS”, continuou. “O Governo tem dado especial atenção ao reforço do SNS. Entre 2015 e 2024, o financiamento na Saúde aumentou 70 por cento”.
Mas o ministro da Saúde não negou que a “maior dificuldade” que o SNS enfrenta são os portugueses sem médico de família.
“Temos tido resultados positivos, mas enfrentamos ainda uma vaga de profissionais que atingem a idade da reforma que criará dificuldades até ao final de 2024”, afirmou.
Pizarro apontou ainda como “medidas adicionais” a colaboração com o setor social.
Nos hospitais, fala numa “profunda reforma das urgências, que se impõe e não deve ser mais adiada”.