Pedro Nuno Santos não comenta escolha de secretários de Estado

por RTP

Pedro Nuno Santos não "vai comentar as escolhas do primeiro-ministro" para os 41 secretários de Estado do novo Governo.

"Não sou um analista. Não vou comentar as escolhas do primeiro-ministro", afirmou o secretário-geral do PS, quando questionado sobre a escolha dos secretários de Estado por Luís Montenegro, que não são muito conhecidos pela opinião pública.

"O primeiro-ministro tem o seu Governo, tem de liderar o seu Governo, tem de apresentar propostas ao país e é aí que vamos concentrar a nossa atenção: é nas respostas aos problemas das pessoas".

Pedro Nuno Santos argumentou ainda que é só com "as ideias, as propostas, com as medidas que têm de ser implementadas no país" que está preocupado.

"Não vou fazer nenhum comentário sobre as escolhas, não é isso que me cabe a mim", repetiu. "Ao Partido Socialista cabe discutir as soluções para o problema do país independentemente quem são os membros do Governo que as assume".

Além disso, o líder socialista reconhece que o PS e a AD têm "visões diferentes da política económica e da política social", o que "também se reflete nas prioridades no que diz respeito à configuração do Governo".

"Achamos que é prioritário usar os recursos parcos do Estado português para investir na solução dos problemas dos portugueses", continuou.

O líder da oposição acrescentou ainda que "o programa da AD não passou a ser bom porque ganharam as eleições" e, por isso, vai continuar a combater as propostas sociais-democratas.

Também sobre o logótipo da bandeira nacional, Pedro Nuno Santos não quis comentar e "dar essa prioridade".

"Isso era fazer o mesmo jogo que fez a AD, dando essa prioridade e atenção a uma questão que obviamente é menor e que não mexe com a vida dos portugueses".

E voltou a repetir: "As soluções da direita são erradas", mencionando questões como a Saúde ou a Habitação.

Sobre a proposta do Chega para uma Comissão Parlamentar sobre o polémico caso das gémeas luso-brasileiras, Pedro Nuno considerou que "é um assunto muito sério e que tem de ser esclarecido".

"É muito importante a confiança do povo português nas instituições, nos serviços públicos, no Estado e confiança de que há equidade no acesso aos serviços públicos", afirmou, garantindo que o grupo parlamentar socialista vai acompanhar o tema.
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