Realçando o contexto de incerteza causado pelas guerras em curso na Ucrânia e no Médio Oriente, as alterações climáticas, a ameaça aos sistemas de proteção social e a instabilidade e insegurança “em que vivem muitos portugueses”, o líder socialista criticou que o Governo só conheça uma resposta “repressiva” para esse último problema.
“Não entendem que as sociedades mais seguras são as mais coesas e estáveis”, frisou, dizendo que os portugueses se sentem inseguros quando não sabem se conseguem pagar as rendas ou se terão vagas para os filhos na creche.
Olhando para a bancada do Chega, Pedro Nuno Santos falou ainda de quem se “alimenta do medo” e garantiu que esses serão derrotados, recebendo aplausos dos deputados socialistas.
“O país de 2024 não tem comparação com o país de 2015. Naturalmente, não resolvemos todas as dificuldades”, declarou. “Mas conseguirá o Governo da AD resolvê-los? Não. Eu sei que este Governo tem apenas sete meses, mas já é tempo suficiente para percebermos que não tem nem a competência nem as soluções para os problemas do país”.
Dizendo que houve mais serviços de urgência de obstetrícia encerrados no verão, mais alunos sem professores, e o mesmo número de vagas para o pré-escolar, o secretário-geral do PS acusou o Executivo de falta de “visão estratégica para a economia”.
“Este não é nem nunca será o Orçamento do PS”, garantiu, já que “traduz uma visão que nós não partilhamos do país, dos seus problemas e dos caminhos para os resolver”.
“Nunca nos quisemos substituir ao Governo na elaboração do Orçamento, mas apresentámos três propostas que exemplificam a resposta que consideramos que o país precisa para garantir mais segurança e estabilidade à vida dos portugueses”, acrescentou.
Pedro Nuno Santos terminou a intervenção lembrando que “o PS é o partido português com mais experiência de Governo e o que melhor conhece o Estado, as suas forças e as suas limitações”.