OMS. Serviço de urgências do hospital al-Shifa é “um banho de sangue”

por RTP

O serviço de urgências do hospital al-Shifa, no norte de Gaza, devastado pelos bombardeamentos israelitas, é "um banho de sangue" e aquele que era o maior hospital do território palestiniano precisa “de ser ressuscitado”, defendeu hoje a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Uma equipa da Organização Mundial de Saúde (OMS) e de outras agências da ONU conseguiu entregar no sábado material médico ao hospital, onde "dezenas de milhares de pessoas deslocadas" se refugiaram no recinto hospitalar para se abrigarem, refere um comunicado da OMS publicado hoje, acrescentando que a água potável e os alimentos "são escassos".

A equipa (que visitou o hospital) descreveu o serviço de urgências como um "banho de sangue", com centenas de pacientes feridos no interior e novos pacientes a chegarem a cada minuto, disse a organização, acrescentando que "os pacientes com traumas foram suturados no chão e as instalações de gestão da dor são muito limitadas ou inexistentes".

O hospital está agora a funcionar à escala mínima, com uma equipa muito pequena, e "os doentes críticos estão a ser transferidos para o hospital Ahli Arab para serem operados".

As salas de operações deixaram de funcionar por falta de oxigénio e, segundo a equipa da OMS, o hospital "precisa de ser reanimado". Apenas 30 pacientes podem receber diálise.

Toda a infraestrutura sanitária da Faixa de Gaza foi gravemente afetada pelos bombardeamentos e pela destruição das suas infraestruturas.

c/Lusa

PUB