OMS apela à retirada diária de doentes para o Egito

por RTP

A Organização Mundial de Saúde (OMS) apelou na sexta-feira a um fluxo regular e diário de doentes autorizados a deixar a Faixa de Gaza para serem tratados no Egito, a fim de aliviar os hospitais sobrecarregados.

A OMS espera poder enviar uma equipa para Gaza o mais rapidamente possível para avaliar a situação e pede que "seja criado um mecanismo para facilitar a evacuação dos doentes mais críticos", disse Richard Peeperkorn, chefe do gabinete da OMS nos territórios palestinianos ocupados, aos jornalistas em Genebra, por videoconferência a partir de Jerusalém.

O responsável explicou que 50 a 60 pacientes por dia terão de ser evacuados para o Egito.

A OMS apela a "evacuações médicas diárias seguras e sem entraves (...) de pacientes gravemente feridos e doentes para o Egito", resumiu a organização numa nota enviada aos meios de comunicação social.

Segundo a OMS, 47 dos 72 centros de cuidados primários em Gaza estão fora de serviço e 25 dos 36 hospitais não estão operacionais, com os outros a terem dificuldades em funcionar.

"É evidente que isto não é suficiente para satisfazer as necessidades contínuas decorrentes das hostilidades", acrescentou Peeperkorn.

Antes da guerra entre Israel e o Hamas, desencadeada pelo ataque do movimento islamita em solo israelita a 7 de outubro, havia cerca de 3.500 camas de hospital em Gaza. "Atualmente, existem cerca de 1.400", afirmou o responsável da OMS.

O responsável referiu ainda dezenas de milhares de casos de infeções respiratórias agudas e de diarreia. A OMS está também preocupada com a varicela e com as doenças de pele, em particular.
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