"O PSD ainda espera pelo diabo, da mesma forma como nós ainda esperamos o apelo de Passos Coelho ao voto no PS"

por RTP

No seu primeiro discurso enquanto líder do PS no 24.º Congresso Nacional do partido, Pedro Nuno Santos começou por agradecer e elogiar o legado deixado por António Costa, considerando que “a história do Partido Socialista também se fez e se reforçou em muito nestes últimos 8 anos, marcados pela governação do PS liderada por António Costa”.

“António Costa cunhou, em 2015, a expressão “virar a página da austeridade” para qualificar a mudança de política face à governação de 4 anos de direita. Mas o PS, sob a sua liderança, não virou apenas a “página da austeridade”; escreveu, sim, um capítulo novo e inteiro da nossa democracia”, disse Pedro Nuno Santos.

O novo líder dos socialistas recorda que o seu antecessor conseguiu a “recuperação de rendimentos e crescimento de salários, aposta nos serviços públicos e de reforço do Estado Social”.

Mas acima de tudo, sublinha Pedro Nuno Santos, Costa escreveu “um capítulo que provou como era errada a estratégia do PSD: sim, foi e é possível subir salários e pensões e simultaneamente reduzir o défice e a dívida. Sim, camaradas, o PSD ainda espera pelo diabo, da mesma forma como nós ainda esperamos o apelo de Passos Coelho ao voto no PS”.

“Os portugueses sabem bem qual é o partido das contas certas. O partido para quem contas certas não significa cortes na certa”, declarou.

“É por tudo isto que quero dirigir uma palavra, mais do que justificada, de solidariedade e de reconhecimento ao nosso camarada António Costa, por tudo o que fez pelo nosso país, por tudo o que proporcionou aos portugueses. Obrigado, António Costa”, asseverou.
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