O derradeiro dia de trabalhos da reunião magna do PSD

por RTP

  • Após o sufrágio, na última noite, da Moção de Estratégia Global e das propostas temáticas, segue-se, na manhã deste domingo, a eleição dos órgãos nacionais do PSD. Para as 13h00 está prevista a sessão de encerramento deste 42.º Congresso social-democrata e a proclamação de resultados;


  • Ao início da noite de sábado, Luís Montenegro subiu uma segunda vez ao púlpito para anunciar os nomes da sua direção a sufragar pelo 42.º Congresso;


  • Miguel Albuquerque e José Manuel Bolieiro mantêm-se à frente da presidência da Mesa do Congresso, como presidente e vice-presidente, respetivamente;


  • O presidente do PSD anunciou que a antiga ministra da Saúde Leonor Beleza será a primeira vice-presidente do partido, constituindo-se uma direção completamente paritária;


  • Da Comissão Permanente, o chamado núcleo duro da direção, saem todos os governantes: Paulo Rangel, Miguel Pinto Luz, Margarida Balseiro Lopes e António Leitão Amaro, que passam à condição de vogais;


  • Luís Montenegro mantém somente um dos atuais vice-presidentes, Inês Palma Ramalho. Juntam-se-lhe, para além de Leonor Beleza, Rui Rocha, Lucinda Dâmaso, Alexandre Poço e Carlos Coelho;

  • O primeiro dia de trabalhos da reunião magna em Braga, que acompanhámos aqui ao minuto, ficou marcado pelo discurso de abertura de Montenegro. O líder laranja e primeiro-ministro quis sustentar que não é igual aos antecessores, procurando enunciar diferenças entre o atual Governo e os governos socialistas. Respondeu também a Pedro Nuno Santos, depois de o líder socialista ter sinalizado a opção pela abstenção face à proposta de Orçamento do Estado, recusando neste capítulo a ideia de que o Executivo da Aliança Democrática esteja isolado;


  • Em entrevista à RTP, ao final da manhã de sábado, à margem dos trabalhos em Braga, o ministro das Finanças afirmou ter estado "sempre tranquilo" ao longo do processo negocial da proposta de Orçamento do Estado com o PS. "E o Partido Socialista respondeu sempre com responsabilidade", apontou Joaquim Miranda Sarmento;


  • "Creio que o PS, no ato de responsabilidade que teve, não se cinge apenas à passagem na generalidade, no próximo dia 31 de outubro, mas em todo o processo orçamental, nomeadamente na discussão na especialidade", enfatizou ontem o titular da pasta das Finanças;


  • Todavia, em entrevista à Rádio Renascença e ao jornal Público, o secretário-geral socialista afirmou que o maior partido da oposição não vai "entrar em nenhuma negociação" orçamental em sede de especialidade, nem está obrigado a aprovar tudo;


  • E depois da ausência de acordo para um voto a favor do líder do PS, foram os líderes dos governos regionais a causar incómodo, ao não garantirem, para já, a luz verde ao Orçamento do Estado para o próximo ano;


  • Igualmente entrevistado pela RTP, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, manifestou a intenção, por parte do Governo, de avançar com o aumento extraordinário para os pensionistas. "O aumento generalizado, nós temos essa vontade, mas ainda não podemos assumir o compromisso porque vai depender da evolução das contas públicas", ressalvou;


  • Por sua vez, o ministro da Presidência caracterizou, em entrevista à estação pública, as últimas semanas como uma "novela orçamental", durante a qual o Governo, advogou, continuou a trabalhar. António Leitão Amaro abordou também as próximas eleições presidenciais, reiterando que Luís Marques Mendes "é o que encaixa melhor no perfil" traçado pelo líder social-democrata, Luís Montenegro;


  • "Sobre eleições presidenciais, falaremos em 2025". Quem o afirmou foi Luís Marques Mendes, à entrada para o Congresso laranja, já ao fim do primeiro dia de trabalhos. "Quero sublinhar que esta é uma decisão individual, pessoal. Sobre essa matéria, falarei em 2025", insistiu;


  • "Há um novo ciclo que Luís Montenegro está a protagonizar, com enorme sentido de Estado. É a grande surpresa política em Portugal, à esquerda e à direita", advogaria ainda Marques Mendes, já depois de explicar a sua presença no Congresso com uma "razão afetiva". "Pedro Nuno Santos manifestou também grande sentido de responsabilidade", acrescentou Marques Mendes, a propósito do anúncio da viabilização da proposta de Orçamento do Estado para 2025 por via da abstenção dos socialistas;


  • Outro dos momentos que marcou as primeiras horas do 42.º Congresso social-democrata, no sábado, teve como protagonista Sebastião Bugalho, que se tornou militante do partido. O eurodeputado disse-se "bastante feliz com as suas funções". Sobre o facto de ter oficializado agora a sua militância, afirmou: "Entrei mais por gratidão do que por ambição".
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