Netanyahu exige capitulação. Hamas vincula sobrevivência de reféns a cedência israelita

por RTP

  • As Nações Unidas deverão votar na terça-feira se querem um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza. O pedido volta a surgir após o veto dos Estados Unidos ao fim dos combates, na passada sexta-feira, no Conselho de Segurança. Desta feita, a trégua será votada na forma de um projeto de resolução em Assembleia Geral. Este fim de semana, o secretário-geral da ONU, António Guterres, garantiu que não vai desistir de promover o calar das armas no Médio Oriente;

  • Várias organizações internacionais têm vindo a reforçar, de resto, os pedidos para um cessar-fogo em Gaza. Por sua vez, a Organização Mundial da Saúde avisa que a assistência médica no território palestiniano debaixo da contraofensiva israelita está à beira do colapso;

  • O secretário de Estado norte-americano exortou Israel a redobrar esforços para proteger os civis palestinianos. Em entrevista à CNN, no domingo, Antony Blinken reconheceu que "não haverá segurança duradoura para Israel enquanto as aspirações políticas palestinianas não forem acolhidas";

  • Prosseguem os esforços de mediação para obter um novo período de trégua que permita a libertação de reféns do Hamas. Isto apesar dos bombardeamentos contínuos, por parte da máquina de guerra do Estado hebraico, que "estão a apertar a janela" para a diplomacia, nas palavras do primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman al-Thani;

  • Uma nova vaga de bombardeamentos aéreos israelitas abateu-se esta segunda-feira sobre Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, segundo o relato de um correspondente da agência France Presse. Por sua vez, o exército israelita reportou disparos de rockets contra Israel, nas últimas horas, a partir de Gaza, onde estarão a ser travados intensos combates, tal como em Khan Younis;

  • Em declarações reproduzidas pela Associated Press, o conslheiro israelita de segurança nacional Tzachi Hanegbi adiantou que os Estados Unidos não estabeleceram qualquer prazo para que Israel alcance os seus objetivos na Faixa de Gaza: "A avaliação de que isto não pode ser medido em semanas está correta e não tenho a certeza de que possa ser medido em meses";

  • O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, conversou no domingo com o presidente russo, Vladimir Putin, a quem transmitiu insatisfação como "posições anti-Israel" por parte de Moscovo, de acordo com um comunicado de Telavive;

  • Benjamin Netanyahu instou também o Hamas a depor as armas e "a render-se agora". "A guerra continua, mas é o princípio do fim para o Hamas. Digo-o aos terrotistas do Hamas: acabou. Não morram por Sinwar. Rendam-se agora", lançou;

  • Um porta-voz do Hamas deixou um aviso sobre as vidas dos reféns que permanecem cativos do movimento radical palestiniano em Gaza. Israel, afirmou, não vai receber "os seus prisioneiros vivos sem uma troca, negociações e ir ao encontro das exigências da resistência". Haverá ainda 137 reféns em território palestiniano. O número de palestinianos detidos em cadeias israelitas ronda os sete mil.
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