"Não podemos escolher o período que mais nos convém" para avaliar Soares, diz Pedro Nuno Santos
“Mário Soares era a minha referência política, o político português que mais admirava e com quem mais me identificava”, disse Pedro Nuno Santos.
O secretário-geral do PS recordou as lições que retirou de Mário Soares quando o conheceu pessoalmente em 2005, ano em que se candidatou pela terceira vez a presidente da República.
À época, Pedro Nuno Santos era secretário-geral da juventude socialista e foi convidado para dirigir a campanha jovem da candidatura presidencial de Soares.
“A vida política de Soares vale como um todo e para a avaliar não podemos escolher o período que mais nos convém ou mais nos agrada de acordo com a conjuntura do momento ou da posição que queremos defender”, disse Pedro Nuno Santos, numa crítica velada ao Chega.
“Mário Soares não é um herói do passado, é um herói do futuro”, disse, sublinhando que “Mário Soares viveu a história” e "esteve sempre do lado certo das lutas".
“Nenhum fragmento do seu legado pode ser apropriado de forma seletiva, desligado do todo que foi o seu pensamento e a sua ação ao longo de décadas”, rematou.