Numa resposta mais curta e comedida, considerando o tempo limitado, Luís Montenegro começou por responder aos partidos a uma “questão que foi tocada em várias intervenções”: “que este Governo governa para os ricos”.
“Há uma grande confusão em quem diz isso”, afirmou. “Este Governo não governa para os ricos; governa para a criação de riqueza. São duas coisas completamente diferentes”.
“Tenham tento aqueles que tiveram responsabilidades nos últimos oito anos”, apelou ainda, dirigindo-se aos partidos de esquerda.
Segundo Montenegro, se não fossem “as proteções sociais” o país teria “mais de quatro milhões de pobres”.
Dirigindo-se aos deputados, Montenegro questionou: “Querem falar em governar para ricos, em vez de falar em governar para acabar com os pobres?”
“Tenham tento. Julguem pelo menos a bondade das nossas ideias”, apelou novamente. “Tenham vergonha, sinceramente”.
“Tenham vergonha. Tenham vergonha”, repetiu o primeiro-ministro.
E dando continuidade ao discurso, Montenegro voltou a dizer que o Governo trabalha “para ajudas os mais frágeis”, para quem está “numa situação de maior vulnerabilidade”, mas não “para os eternizar nessa condição” e ganhar apoio eleitoral.