Na resposta a nova ronda de questões dos partidos, Luís Montenegro desafiou o Partido Socialista a "respeitar-se a si próprio" e a decidir medida a medida se apoia ou não o executivo enquanto oposição ou se apresenta uma moção de rejeição.
Depois de o vice-presidente da bancada socialista Pedro Delgado Alves
ter retomado um desafio momentos antes feito pelo secretário-geral do
PS, Pedro Nuno Santos, para que o Governo apresente um voto de confiança
se quer realmente esclarecer se dispõe de condições de governabilidade, Luís Montenegro acusou o principal partido de oposição de "virar o bico ao prego".
"O PS não tem de aderir ao programa do governo", afirmou o primeiro-ministro. "Não rejeitar o programa de governo deve significar dar ao governo condições para governar".
"O PS quis aqui virar o bico ao prego. Vamos contextualizar a situação: O PS não quer inviabilizar a formação do Governo e eu respeito e saúdo essa decisão. Mas, conferindo ao executivo capacidade para iniciar a sua atividade, isto quer dizer que o Governo deve ter condições para executar um programa que não se quis rejeitado", sustentou Luís Montenegro.
Para o primeiro-ministro, por isso, essa atitude "de respeito democrático" do PS "deve durar para toda a legislatura".
"Isso não é caucionar toda a ação do Governo, porque os deputados terão de avaliar em cada momento a bondade das nossas propostas e a consequência da sua eventual não aprovação, até ao momento em que eventualmente decidirão que o executivo não deve continuar a governar. Nessa altura, devem apresentar uma moção de censura", alegou.
"Mas, em respeito pela decisão popular e já agora por si próprio -- na noite eleitoral assumiu a sua vontade de ir para a oposição -, no cumprimento da sua palavra, e ainda por cima com o histórico de ter governado 22 dos últimos 28 anos, o PS decidirá. Queremos é responsabilidade e compromisso. E que isso fique muito claro deste debate: não rejeitar o programa, significa dar ao Governo as condições para governar", reforçou.
Para o primeiro-ministro, por isso, essa atitude "de respeito democrático" do PS "deve durar para toda a legislatura".
"Isso não é caucionar toda a ação do Governo, porque os deputados terão de avaliar em cada momento a bondade das nossas propostas e a consequência da sua eventual não aprovação, até ao momento em que eventualmente decidirão que o executivo não deve continuar a governar. Nessa altura, devem apresentar uma moção de censura", alegou.
"Mas, em respeito pela decisão popular e já agora por si próprio -- na noite eleitoral assumiu a sua vontade de ir para a oposição -, no cumprimento da sua palavra, e ainda por cima com o histórico de ter governado 22 dos últimos 28 anos, o PS decidirá. Queremos é responsabilidade e compromisso. E que isso fique muito claro deste debate: não rejeitar o programa, significa dar ao Governo as condições para governar", reforçou.
Luís Montenegro assumiu ainda que o governo vai dar sequência ao passe ferroviário nacional, como desafiou o Livre, prometeu "tratar como o valor que ela encerra", a semana de quatro dias, e desafiou o Chega a aprovar as medidas apresentadas pelo executivo.
Em resposta ao CDS, aproveitou para enviar farpas ao anterior governo socialista, garantindo que entre o apoio às forças de segurança irão estar ajudas à deslocação e as condições de trabalho, assumindo que a tarefa é pesada e que vai ser necessário distribuir verbas pelos vários objetivos.
"Não temos dinheiro para acudir a tantas e tantas necessidades da Administração Pública, ao contrário do que o Partido Socialista alega", referiu.