Montenegro garante que "todos os programas e planos" aprovados "estão em execução"

por RTP

Em resposta a Rui Rocha, Luís Montenegro começou por elogiar o facto de os liberais terem “primado por uma oposição diferente daquela que vem de outras bancadas e que, apesar de apontar vários pontos de divergência, há muitos pontos de vista que temos em comum”.

 Um dos pontos em comum do PSD e do IL, segundo o primeiro-ministro, é que ambos não querem que “o Governo se transforme numa reedição do Governo dos planos que não saíam do papel”.

“Posso-lhe garantir que todos os programas e planos que nós aprovámos estão em execução”.

O primeiro-ministro manifestou-se ainda disponível para aprimorar o IRS Jovem com o contributo de outras bancadas, em particular da Iniciativa Liberal, mas recusou baixar impostos "de uma assentada", considerando que poderia prejudicar o equilíbrio das contas públicas.

Em resposta ao líder da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, durante o debate parlamentar do Estado da Nação, Luís Montenegro reconheceu que o Governo tem "algumas diferenças de opinião" em relação ao partido no que se refere à redução de impostos, incluindo no IRS Jovem.

"Devo dizer-lhe que o Governo está aberto, dentro do princípio plasmado no nosso programa eleitoral e de Governo, a poder aprimorar esse mecanismo, com o contributo de algumas bancadas e a sua seguramente poderá ter alguma coisa a poder acrescentar nesse domínio", afirmou.

No entanto, o chefe do executivo ressalvou que não se pode "de uma assentada descer o IRS de uma forma transversal e incidindo mais na classe média, descer o IRS dos jovens com grande impacto e dimensão, descer o IRC" e ainda se querer eliminar a derrama estadual, como propõe a IL, salientando que só esta última medida representaria cerca de 1.800 milhões de euros.

"Sim, queremos aliviar impostos, sim, queremos que isso signifique que as pessoas têm mais rendimento do seu trabalho e que as empresas têm mais capacidade para investir e inovar, mas não podemos prejudicar outro objetivo que é termos contas públicas equilibradas e não voltarmos a ter em Portugal a necessidade de ter programas de intervenção externa", disse.
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