Para Montenegro, as emoções "na gestão de um país têm de se conciliar com a racionalidade da argumentação e com a verdade e a base da realidade com que partimos". Numa mensagem dedicada aos responsáveis pelas autarquias afetadas pelas chamas, o primeiro-ministro frisou "que neste momento, precisamos de estar juntos, mais do que nunca. Não tenho dúvidas que os autarcas vão sofrer, como aqui foi descrito (...) vão sofrer uma pressão enorme, é muito mais fácil recorrer à junta de freguesia ou à câmara municipal do que ir bater à residência oficial, em São Bento". E deixou ainda uma palavra de "responsabilidade e solidariedade".
"Nós tivemos que definir prioridades e foram definidas tendo por principal objetivo, em primeiro lugar, defender a vida das pessoas, em segundo lugar defender o património das pessoas e, por isso, é que mesmo aqui nesta aldeia, tirando a infelicidade das duas casas que arderam, é notória a preocupação que houve de garantir aqui que as casas eram salvaguardadas", frisou.
O primeiro-ministro garantiu ainda que não faltarão as verbas para a recuperação dos territórios atingidos pelas chamas. E recordou que na passada semana, o governo já disponibilizou 100 milhões de euros do Orçamento do Estado.
Montenegro garantiu ainda que se os fundos de Bruxelas não chegarem, o "Orçamento do Estado suportará, antecipará essa verba".
Em relação às obras de recuperação, Montenegro frisou que "estão criados mecanismos para avançar com 50 por cento do apoio logo no início da obra". E sublinhou que há muitas famílias e empresas no país que "não têm capacidade de financiamento", sem esquecer a área da agricultura "há muita gente que perdeu tudo".
"Vamos fazer uma avaliação profunda sobre tudo aquilo que foi o combate, o sistema de emergência e Proteção Civil e a sua gestão", afirmou Luís Montenegro, que fez questão de deixar uma palavra de respeito aos que estiveram no terreno a protagonizar a luta, muitas vezes absolutamente injusta, contra incêndios galopantes, como foi o caso de Vila Pouca de Aguiar.
"Não atirem essas atoardas para o ar, pode ter havido falhas, eu não estou a dizer que não, pode ter havido falhas e pode ter havido mão criminosa. Nós vamos tentar perceber tudo, o que falhou, se falhou, na estrutura de combate, nas decisões que foram tomadas, e vamos tentar perceber o alcance daquilo que falhou antes, para não voltarmos a ter isso repetido", frisou.
E continuou: "Agora, temos que fazer isto com sentido de responsabilidade por um lado e com sentido de lucidez e bom senso".
Sobre a investigação às causas dos incêndios, o chefe do Governo recordou ter dito que "foi muito estranho haver 125 ignições numa noite".
"E o que eu disse é que o Governo e o país têm a obrigação moral de saber tudo aquilo que pode estar por trás disso e mantenho. Eu vou fazer, como primeiro-ministro, um esforço grande para que haja investigações que levam à deteção e condenação de todos os responsáveis pelo incêndios, se eles acontecerem", sublinhou.
Acrescentou: - "Se dizer isto ofende assim tanta gente, olhe eu vou-lhe dizer uma coisa a mim tranquiliza-me o espírito e a alma. Chego a casa à noite e durmo mais descansado se o meu Governo estiver a combater o crime, seja ele qual for".
E continuou: "Agora, temos que fazer isto com sentido de responsabilidade por um lado e com sentido de lucidez e bom senso".
Sobre a investigação às causas dos incêndios, o chefe do Governo recordou ter dito que "foi muito estranho haver 125 ignições numa noite".
"E o que eu disse é que o Governo e o país têm a obrigação moral de saber tudo aquilo que pode estar por trás disso e mantenho. Eu vou fazer, como primeiro-ministro, um esforço grande para que haja investigações que levam à deteção e condenação de todos os responsáveis pelo incêndios, se eles acontecerem", sublinhou.
Acrescentou: - "Se dizer isto ofende assim tanta gente, olhe eu vou-lhe dizer uma coisa a mim tranquiliza-me o espírito e a alma. Chego a casa à noite e durmo mais descansado se o meu Governo estiver a combater o crime, seja ele qual for".