Meta anuncia revisão dos conteúdos violentos da guerra de Gaza nas suas redes

por RTP

A Meta anunciou que o seu conselho de supervisão independente irá analisar a forma como a empresa tem tratado os conteúdos violentos nas suas redes sociais. Especificamente, irá investigar várias publicações relacionadas com a tomada de reféns pelo Hamas em Israel e o bombardeamento de Gaza pelo exército israelita.

A decisão surge num momento em que as redes foram inundadas por conteúdos violentos, odiosos ou enganadores, após dois meses de guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano. Na sequência do ataque do Hamas em 7 de outubro, a Meta reduziu temporariamente o seu limite para a remoção de conteúdos potencialmente violentos, incluindo mensagens que identificam reféns capturados pelo Hamas.

A empresa foi também acusada de suprimir expressões de apoio aos palestinianos que sofrem com a resposta militar israelita. Um dos conteúdos a ser revisto agora mostra o rescaldo da explosão no principal hospital da Faixa de Gaza, Al Shifa, incluindo crianças feridas e mortas, numa publicação que foi apagado pela empresa.

O outro caso é um vídeo do Facebook que mostra uma mulher a implorar aos raptores que não a matem, enquanto é levada numa mota. Inicialmente, a Meta removeu o vídeo, mas voltou atrás na sua decisão semanas mais tarde.
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