O gabinete da primeira-ministra de Itália revelou que Giorgia Meloni falou ao telefone este domingo com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a quem "reiterou não ser aceitável que a UNIFIL seja atacada pelas forças do exército israelita".
Meloni, cujo país garante atualmente a presidência do G7, "sublinhou a necessidade absoluta que a segurança do pessoal da UNIFIL seja garantida a todo o momento".
A UNIFIL acusou as forças israelitas de disparar "de força reiterada" e "deliberada" sobre as suas posições. Pelo menos cinco capacetes azuis da força ficaram feridos esta semana.
Este sábado, as forças israelitas terão impedido "manobras cruciais" da UNIFIL e durante a madrugada de domingo dois carros armados derrubaram os portões de um complexo da força da ONU, tendo entrado "à força" antes de retirar ao fim de 45 minutos.
Giogia Meloni transmitiu a Netanyahu a "urgência de trabalhar para uma desescalada a nível regional, renovando a plena disponibilidade da Itália, enquanto presidência do G7, a trabalhar nesse sentido".
Netanyahu apelou ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, para afastar as tropas da UNIFIL do sul do Líbano, "para sua proteção".
Sábado, os capacetes azuis recusaram obedecer a ordens de Israel para recuarem cinco quilómetros a norte das suas atuais posições.