Marcelo ausculta forças com representação no Parlamento

por RTP

Chumbada no Parlamento, ao cabo de uma maratona em plenário, a moção de confiança do Governo de Luís Montenegro, a palavra pertence ao presidente da República.

Já esta quarta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa ouve os partidos com assento parlamentar. A primeira força política a ser recebida em Belém é o PSD, pelas 11h00. O último é o PAN, às 19h00. Em causa está agora a esperada convocação de eleições legislativas antecipadas e a respetiva data.No longo debate da tarde de terça-feira, toda a oposição votou contra a moção de confiança, à exceção da Iniciativa Liberal, que votou ao lado de PSD e CDS-PP.


Na quinta-feira, reúne-se o Conselho de Estado, a partir das 15h00. A Constituição da República estipula que só após este deste passo instituicional obrigatório estar dado pode dissolver-se o Parlamento e marcar eleições.

Independentemente da posição de cada um dos membros do órgão consultivo do chefe de Estado, a palavra final caberá sempre a Marcelo.

Na sequência do debate da tarde de terça-feira, o primeiro-ministro quis sustentar que o Governo tentou tudo para evitar a consumação da crise política, acusando o PS de intransigência e de querer degradar o debate político. Na resposta a Luís Montenegro, o secretário-geral socialista, Pedro Nuno Santos, contrapôs que foi o chefe do Executivo quem procurou condicionar a Assembleia da República e considerou a postura do Governo "uma vergonha".

Montenegro sugeriu uma suspensão dos trabalhos na Assembleia para falar com Pedro Nuno Santos e chegou a prometer prestar esclarecimentos sobre a situação da sua empresa familiar ao PS em 15 dias. O maior partido da oposição manteve a sua posição classificou a proposta do Executivo como uma farsa.

Chega, Bloco de Esquerda, Livre, PCP e PAN responsabilizam o primeiro-ministro pela política e lamentaram que as dúvidas sobre a empresa da família de Luís Montenegro se arrastem para a campanha eleitoral.

Por sua vez, o líder da bancada parlamentar do PSD, Hugo Soares, propugnou, à semelhança do primeiro-ministro, que o Governo fez o que era possivel para chegar a um acordo com o PS. E o ministro da Defesa, Nuno Melo, sustentou que nenhum governante está proibido de ter empresas.

Na RTP, a líder parlamentar da Iniciativa Liberal, Mariana Leitão, afirmou que o partido rejeita, à partida, integrar qualquer coligação pré-eleitoral. Todavia, não excluiu entedimentos apíos as legislativas.


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