Marcelo apela a Israel para que reconsidere declaração de Guterres como "persona non grata"
"Penso que seria muito sensato que as autoridades israelitas reconsiderassem aquela atitude, por ser desproporcionada. Onde o secretário-geral falou em lamentar, eles teriam preferido condenar, que o lamento era insuficiente", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, que falava à entrada para a Escola Alves Martins, em Viseu, à qual atribuiu o título de membro honorário da Ordem de Instrução Pública.
"É uma situação praticamente sem precedente em relação a um secretário-geral das Nações Unidas ou altas figuras internacionais. Mesmo com países que normalmente se vetam reciprocamente no Conselho de Segurança e, como sabem, estão a paralisar o Conselho de Segurança", prosseguiu. O presidente, que disse ter falado quarta-feira ao telefone com António Guterres, acompanha também a posição da União Europeia, que pretende que se continue a manter esforços para "ultrapassar aquilo que está a ser verdadeiramente, de dia para dia, um agravamento da situação".
"Nas relações entre Estados e instituições internacionais, se a ideia é construir a paz, a prazo mais ou menos curto, o reconsiderar estas decisões é uma questão de bom senso", rematou Marcelo.