Luís Montenegro encerra 42.º Congresso do PSD com "sete novas decisões"

por RTP

Na fase inicial do discurso de encerramento, o líder do PSD e primeiro-ministro referiu-se a José Pedro Aguiar-Branco: "Um privilégio ver em si um representante das instituições democráticas em Portugal e o garante do debate democrático".

Faria, em seguida, uma referência aos "companheiros desta viagem e leais parceiros da Aliança Democrática" - o CDS-PP de Nuno Melo e o PPM de Gonçalo da Câmara Pereira.

Montenegro quis depois expressar "gratidão pelo serviço insubstituível" dos bombeiros, recordando as vítimas da mais recente vaga de incêndios, que ditou o adiamento do Congresso social-democrata. Palavras que fizeram levantar parte da plateia.

Passando ao capítulo da política externa, o líder do PSD estimou que "Portugal continuará a agir como construtor de pontes" no plano internacional.

"Não insultámos ninguém, nem diminuímos ninguém", vincou.

"Foco e Esperança" seriam as "palavras-chave" enunciadas neste discurso de Luís Montenegro: "Foco nas pessoas, na condição de vida de cada um e no apoio aos mais desprotegidos, foco centrado na nossa responsabiidade e não num estéril jogo de passa-culpas".
"Olhamos pouco para o lado"
Colocando a tónica na "esperança na sociedade", o chefe do Executivo da AD disse-se "de olhos postos no futuro".

"Olhamos pouco para o lado", observou.

Montenegro acenou então com "sete novas decisões".

Em matéria de gestão da água, referiu a assinatura de acordo histórico com Espanha para "garantir caudais mínimos no Rio Tejo" e um programa de infraestruturas da água.

"Em segundo lugar, no domínio da segurança, reforçar a visibilidade das polícias na rua, a videovigilância, criar equipas multiforças que vão integrar PJ, GNR, PSP, ASAE e Autoridadade Tributária, para combater tráfico de droga, tráfico e abuso de seres humanos e a imigração ilegal".
Discurso de encerramento do 42.º Congresso do PSD na íntegra

Quanto à violência doméstica, Montenegro prometeu "duplicar o valor do apoio para a autonomização das vítimas", num investimento de 25 milhões de euros.

Duplicar o valor do apoio para a autonomização das vítimas, mais investimento teleassistência e transporte das vítimas e mulheres acolhidas fora da área de residência acesso a saúde - foram estas as medidas elencadas por Montenegro.
Coesão territorial e reabilitação urbana

Em matéria de coesão territorial, o líder social-democrata anunciou o lançamento de um projeto de reabilitação da Área Metropolitana de Lisboa,para "erguer uma grande pólis com duas margens".

O plano passa pela criação de uma sociedade de reabilitação urbana, com o nome de Parque Humberto Delgado, no arco ribeirinho sul - Almada, Barreiro e Seixal -, um segundo pólo nos municípios de Oeiras e Lisboa e um terceiro nos municípios de Lisboa e loures, "aproveitando terrenos na zona do aeroporto". Montenegro anunciou "um grande projeto de reabilitação da Área Metropolitana de Lisboa", para "erguer uma grande pólis com duas margens", para que estas deixem de ser tão contrastantes. Uma outra sociedade, a Ocean Campus, vai tratar da reabilitação entre entre o Vale do Jamor e Algés e também dos terrenos de Lisboa e Loures e dos terrenos libertados pelo novo aeroporto, que irá situar-se na margem sul.

Passando ao domínio da educação, o presidente do PSD prometeu aumentar a comparticipação por sala, no pré-escolar, e novos contratos de associação

"Vamos rever programas do ensino básico e secundário, incluindo a disciplina de cidadania", clamou, enfatizando que o Governo quer fazê-lo "sem amarras ideológicas".

"Vamos garantir a universalidade do pré-escolar", comprometeu-se também o governante.
Saúde e imigração
"Vamos dar a cerca de 150 mil doentes a possibilidade de receberem os medicamentos na sua farmácia de proximidade, em vez de os irem levantar ao hospital", anunciou também Montenegro.

Em sétimo lugar, o líder laranja acenou com a construção de "dois centros de acolhimento para imigrantes em Lisboa e Porto para acolher casos de imigração ilegal".

O dirigente partidário anunciou também protocolos com universidades para a formação de migrantes, de modo a que seja "aproveitado todo o capital humano que chega a Portugal".

"Nada, mesmo nada, nos pode impedir daquilo que está nas nossas mãos para fazer", enfatizaria, por último, Luís Montenegro. Par acrescentar: "Tudo o que temos vamos continuar a dar, a bem do interesse da nossa sociedade e da justiça social".
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