José Luís Carneiro é candidato à sucessão de Costa no PS

por RTP

  • José Luís Carneiro é candidato ao cargo de secretário-geral do PS. A candidatura foi anunciada na última noite durante a reunião da Comissão Política dos socialistas. O ainda ministro da Administração Interna e é um dos nomes tidos como mais populares do Governo e é o primeiro a assumir a candidatura. Vai a votos a 15 e 16 de dezembro e o congresso de aclamação terá lugar a 6 e 7 de janeiro em Lisboa;

  • Também Pedro Nuno Santos deverá candidatar-se à liderança do Partido Socialista. A decisão ainda não foi oficialmente anunciada oficialemnte, mas já estará tomada. A RTP apurou que está a ser preparado um documento de apoio à candidatura do ex-ministro que já terá já dezenas de assinaturas de atuais e antigos dirigentes socialistas. O documento deverá ser divulgado nos próximos dias;

  • Portugal vai ter eleições antecipadas a 10 de março. O presidente da República decidiu dissolver o Parlamento. A exoneração de António Costa será concretizada em dezembro e a dissolução em janeiro, para que o Orçamento do Estado possa ser aprovado. Foi esta a opção de Marcelo de Marcelo Rebelo de Sousa, mesmo sem ter havido consenso no Conselho de Estado;

  • Na comunicação da última noite ao país, o chefe de Estado disse ter tomado uma opção pessoal e contrária à opinião do Conselho de Estado. Marcelo Rebelo de Sousa invocou três razões para recusar o pedido do PS: argumentou que seria um governo fraco, suportado pelo presidente, e reafirmou que a maioria absoluta foi também uma vitória pessoal de António Costa;

  • O presidente da República abordou também as razões que levaram à demissão de António Costa. Disse esperar que "o tempo passe mais depressa do que devagar" e permita esclarecer o que aconteceu, no respeito da presunção de inocência e do Estado de Direito. Marcelo Rebelo de Sousa agradeceu ainda a Costa os anos como primeiro-ministro e elogiou a forma como abandonou o cargo;

  • António Costa discordou da opção do presidente da República em marcar eleições antecipadas e indicou Mário Centeno para formar um novo governo. O primeiro-ministro demissionário sustentou, de resto, que tudo o que sabe sobre o processo em que está envolvido é o que a comunicação social tem avançado e admite que ficou chocado com as revelações da Procuradoria-Geral da República;

  • Luís Montenegro condidera que as eleições são a única forma de repor o prestígio e a confiança nas instituições. O líder do PSD adiantou ainda que, se vencer em março, o partido avançará com um Orçamento retificativo;

  • Da esquerda à direita, os partidos concordam com a decisão do presidente de convocar eleições. A Iniciativa Liberal afirma esperar que esta seja a última vez que o PS "atrasa Portugal". Bloco de Esquerda, PCP e Chega entendem as eleições deveriam ter lugar mais cedo;

  • Os detidos no processo Influencer continuam a ser ouvidos esta sexta-feira. Os interrogatórios recomeçam às 9h30 no Campus de Justiça, em Lisboa. Vai ser ouvido Rui Pedro Neves, administrador da Start Campus. Na véspera, foi interrogado apenas um dos arguidos: Nuno Mascarenhas, presidente da Câmara Municipal de Sines, esteve a prestar declarações até perto da meia-noite. À saída do Tribunal de Instrução Criminal, a advogada do autarca detido na operação disse que o interrogatório "decorreu com serenidade";

  • O advogado de Lacerda Machado considera que, no final, o resultado do inquérito do Supremo Tribunal de Justiça vai ser "para rir". Magalhães e Silva sublinha que não há nada nas escutas que aponte para qualquer tipo de pressão sobre o primeiro-ministro;

  • Haverá mais de 20 escutas telefónicas em que é referido o nome de António Costa. Estes registos não foram diretamente obtidos do telefone do primeiro-ministro, mas de outros arguidos ou suspeitos. O nome do chefe do Governo é referido várias vezes, como meio para desbloquear procedimentos no projeto do DataCenter, em Sines;

  • Vítor Escária, até ontem chefe de gabinete em São Bento, está indiciado por três crimes: um de tráfico de influência, em co-autoria, e dois de prevaricação em co-autoria; crimes puníveis com pena de prisão de dois a oito anos;

  • O ministro das Infraestruras deverá ser esta sexta-feira ouvido no Parlamento sobre o Orçamento do Estado do próximo ano. João Galamba é um dos arguidos no processo Influencer. Em causa, recorde-se, estão negócios relacionados com o lítio e o hidrogénio. Está também prevista a audição ao ministro da Educação, João Costa.
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