Ismail Haniyeh morreu no final de julho deste ano na sequência de um ataque em Teerão no dia da tomada de posse do novo presidente iraniano. Esse ataque foi atribuído a Israel mas Telavive não o reivindicou.
Já o líder do Hezbollah morreu na última sexta-feira na sequência dos ataques israelitas aos subúrbios de Beirute, especificamente onde opera a milícia xiita libanesa, que tem sido alvo de várias investidas por parte de Telavive nas últimas duas semanas.
Os ataques israelitas também vitimaram Abbas Nilforushan, antigo comandante da Guarda Revolucionária iraniana, que estava na sexta-feira em Beirute.
"Em resposta ao martírio de Haniyeh, de Hassan Nasrallah e do mártir Nilforushan, atacámos o coração dos territórios ocupados", lê-se num comunicado divulgado pela agência noticiosa estatal iraniana, a ISNA.
A comunicação da Guarda Revolucionária surgiu pelas 20h00 em Telavive (18h00 na hora de Lisboa). O ataque ocorreu pelas 19h30 (17h30 em Portugal Continental) e prolongou-se por alguns minutos, tendo sido confirmado pouco depois pelo exército israelita.
Antes deste ataque, as Forças de Defesa de Israel ordenaram a população para que procurasse abrigo, alertando para um ataque iraniano de “grande escala”.
O exército israelita adiantou que soaram sirenes de alarme por todo o país. Imagens televisivas das agências e televisões internacionais mostraram, em direto, o sistema de defesa antiaérea de Israel (também conhecido como iron dome) a visar mísseis lançados sobre Telavive.
Segundo a agência France Presse, também foram intercetados “dezenas de mísseis” em Jerusalém.
(com Lusa)