Irão invoca direto à autodefesa, afirmando que "não teve escolha"

por RTP

Amir Saeid Iravani, embaixador iraniano na ONU, acusou o Conselho de Segurança da ONU de ter “falhado no seu dever de manter a paz e a segurança internacionais” ao não condenar o ataque de 1 de abril contra o consulado iraniano em Damasco.

“Sob estas condições, a República Islâmica do Irão não teve outra escolha senão exercer o seu direito à legítima defesa”, declarou o embaixador iraniano num discurso perante o Conselho de Segurança, este domingo.

“Esta ação foi necessária, proporcional, precisa e tinha apenas objetivos militares levados a cabo com o cuidado de minimizar o potencial de recrudescimento [do conflito] e causar danos civis”, declarou.

Amir Saeid Iravani garantiu que Teerão não quer uma escalada do conflito, mas responderá a “qualquer ameaça ou agressão”.

O embaixador iraniano acusou ainda os EUA, França e Reino Unido de demonstrarem um “comportamento hipócrita”.

“Decidiram fechar os olhos à realidade e às causas de raiz que contribuíram para a situação atual”, acusou.

“Com um comportamento hipócrita, estes três países culparam e acusaram falsamente o Irão, sem considerar as suas próprias falhas: defender o compromisso internacional com a paz e a segurança na região”, acrescentou.
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