"Já deixámos claro muitas vezes que os grupos de resistência na região não recebem ordens do Irão. Nem nós damos essas ordens", declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Naser Kanani, citado pela agência noticiosa iraniana Tasnimm, tendo como pano de fundo o conflito entre Israel e o movimento islamita Hamas na Faixa de Gaza.
“Os Estados Unidos devem compreender que só é possível evitar a propagação da guerra a outras regiões com o fim imediato do massacre [dos palestinianos], a retirada total do bloqueio humanitário [da Faixa de Gaza) e a retirada das forças militares [norte-americanas] da região", sublinhou.
Kanani respondia às acusações contra o Irão pela suposta influência sobre o Hamas e o Hezbollah, envolvidos nas hostilidades na sequência dos ataques de 7 de outubro do grupo islamita palestiniano.
Os Estados Unidos também acusaram Teerão de estar por trás dos ataques das milícias pró-iranianas contra as bases norte-americanas na Síria e no Iraque nas últimas semanas.
Por outro lado, o comandante da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária Iraniana, Amir Ali Hayizade, disse também hoje que o conflito em Gaza já se estendeu ao Líbano e advertiu que poderá estender-se a mais países da região.
"O âmbito dos combates é suscetível de aumentar ainda mais. O futuro não é claro, mas o Irão está preparado para todos os cenários", afirmou, insistindo que os ataques do Hamas foram "uma grande vitória estratégica" à qual Israel respondeu com "um massacre de crianças em Gaza".
c/Lusa