Hugo Soares diz que aprovação do OE "cumpre o desejo da esmagadora maioria do povo português"
O líder parlamentar do PSD considerou na sua intervenção que este orçamento é feito "das pessoas para as pessoas" e que a aprovação do mesmo "cumpre o desejo da esmagadora maioria do povo português", numa referência à sondagem recente da Universidade Católica para a RTP.
Hugo Soares considerou ainda que o orçamento “não é socialista”, "não é liberal" e "também não é populista". São estas algumas das acusações que se têm ouvido nas bancadas da oposição desde o início da discussão do documento.
Ainda na sua intervenção, Hugo Soares vincou que a anunciada viabilização do orçamento traz estabilidade e dá confiança aos agentes económicos. "Evita o que nenhum português queria: a interrupção de um ciclo governativo", razão pela qual o líder parlamentar do PSD cumprimenta o PS "pela sua responsabilidade".
Perante a reação negativa no hemicíclo, Hugo Soares afirmou que "já antecipava os urros de algumas bancadas", porque "quem não convive de forma sã com a responsabilidade democrática não tem a maturidade para por o interesse nacional à frente dos interesses, julgam eles, meramente partidários. Pode ser que se enganem".
Acusou as oposições de afirmarem "tudo e o seu contrário" e que o orçamento em discussão "é o primeiro da história democrática que não aumenta um único imposto e prevê excedente orçamental".
Hugo Soares apontou críticas à esquerda, os que consideram que as medidas do OE2025 são insuficientes, ou ao próprio PS, que aponta como fáceis as escolhas do Governo.
"São precisamente os mesmos que ou governaram ou apoiaram o governo nos últimos oito anos, mas que nada disto fizeram nos últimos oito anos", completou.
"Bem prega Frei Tomás, olha para o que ele diz, não olhes para o que ele faz", ironizou Hugo Soares em vários momentos do discurso.
O líder parlamentar do PSD lembrou várias medidas que constam no OE2025 e que abrangem os professores, os enfermeiros e as forças de segurança, bem como os jovens que, de acordo com o Governo, têm agora acesso mais facilitado à habitação e vão pagar menos IRS.
Hugo Soares terminou a intervenção com um apelo ao respeito pela decisão dos portugueses aquado da última eleição e apontou ainda que seria "inadmissível" se o PS procurasse "desvirtuar" a proposta do Governo na especialidade.
"Seria inadmissível que os mesmos que garantem viabilizar o Orçamento do
Estado aproveitassem a fase de especialidade para o desvirtuar. A
constatação é clara: Herdámos um país num caos funcional, mas não
descansaremos sem transformar Portugal", declarou.