"História não é dívida, não obriga à penitência", diz Rui Rocha

por RTP

"E não, senhor Presidente, História não é dívida. E História não obriga a penitência". O dirigente e deputado da Iniciativa Liberal respondia assim às palavras de Marcelo Rebelo de Sousa, que defendeu um pagamento às ex-colónias. "Atenta contra os interesses do país" e "afasta-se de representar a maioria dos portugueses", diz Rocha.

O deputado da Iniciativa Liberal quer que o programa de comemorações oficiais do Parlamento passe a incluir uma sessão solene para comemorar o 25 de novembro e afirmou que vai ainda hoje entregar uma deliberação no parlamento.

Rocha Rocha usou ao longo do discurso a simbologia da gaivota que voa como símbolo da liberdade e criticou quem queira "voar para trás", a voltar a perseguir mulheres e dizer o que elas devem ou não fazer.

"Há quem queira, por exemplo, ajustar contas com as mulheres do nosso país pela liberdade que conquistaram. Há mesmo quem queira, sob disfarces piedosos, voltar a perseguir mulheres, decidir o destino, dizer-lhes o que é e o que não é próprio delas", criticou.

Neste caso, diz não são as mulheres que voam demasiado alto. "É o caso desses que não têm asas para as acompanhar".

Usou vários exemplos de que agora "a gaivota voa mais baixo do que devia", criticando os "mesmos que se revezam no poder", a direita e a esquerda na forma como olham o 25 de Abril e os "saudosos do bafio, miséria e opressão". A estes diz que "saiam da frente que atrás vem gente".

Avisa os que têm agora o poder. Pede que "façam voar as gaivotas" e que se não tiverem ambição e coragem, haverá sempre outras gaivotas que vão voar para mudar.

Citando o programa de governo da AD, afirma que está frontalmente contra a plataforma de verificação de factos que aí é advogada.





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