- O secretário-geral das Nações Unidas invocou, pela primeira vez no mandato, o artigo 99 da Carta da ONU para pedir ao Conselho de Segurança que faça pressão no sentido de um cessar-fogo humanitário em Gaza.
I've just invoked Art.99 of the UN Charter - for the 1st time in my tenure as Secretary-General.
— António Guterres (@antonioguterres) December 6, 2023
Facing a severe risk of collapse of the humanitarian system in Gaza, I urge the Council to help avert a humanitarian catastrophe & appeal for a humanitarian ceasefire to be declared. pic.twitter.com/pA0eRXZnFJ
António Guterres apela à comunidade internacional para que use "toda a influência", visando "evitar uma nova intensificação" do conflito; - Israel criticou a decisão do secretário-geral da ONU. Na rede social X , o ministro israelita dos Negócios Estrangeiros veio considerar que a ativação do artigo 99 e o apelo de António Guterres dão força ao Hamas. O governante escreveu ainda que "está em causa a paz mundial";
- O representante palestiniano na ONU, Riyad Mansour, afirmou, por sua vez, que o Conselho de Segurança das Nações Unidas não pode continuar a fugir às responsabilidades;
- No sul da Faixa de Gaza, forças israelitas e Hamas travam combates intensos. Telavive garante ter apreendido numa zona civil os maiores arsenais desde o início do conflito. As Nações Unidas acusam ambos os lados de estarem a violar os Direitos Humanos;
- As tropas israelitas terão cercado a casa de Yahya Sinwar, figura de proa do movimento radical palestiniano. "É só uma questão de tempo até que o apanhemos", clamou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu;
- Yahya Sinwar é descrito pelas autoridades israelitas como o "arquiteto" do ataque desencadeado a 7 de outubro pelo Hamas. As Forças de Defesa de Israel acreditam que esteja escondido na rede subterrânea do movimento, na Faixa de Gaza;
- A máquina de guerra do Estado hebraico cercou Khan Younis, a principal cidade do sul da Faixa de Gaza, e afirma estar atualmente a operar "no coração" da zona sul da cidade de Gaza. Ao mesmo tempo, espalhou panfletos a instar os civis a deslocarem-se para zonas ditas seguras em Rafah, na linha de fronteira com o Egito;
- Os Estados Unidos discutiram com Israel o calendário para as operações na Faixa de Gaza e "como isto se enquadra numa estratégia de longo prazo para resolver a questão que vai para lá dos meios militares", adiantou o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan;
- O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza indica que, desde o fim da trégua que permitiu a troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos, morreram 1.207 pessoas no território debaixo da contraofensiva do Estado hebraico. Setenta por cento das cítimas são mulheres e crianças.