- O embaixador israelita nas Nações Unidas, Gilad Erdan, exigiu um pedido de desculpas ou mesmo a demissão do secretário-geral da ONU. Foi esta a reação da delegação do Estado hebraico às declarações de António Guterres, diante do Conselho de Segurança, sobre o conflito no Médio Oriente. A ofensiva do Hamas, disse Guterres, não aconteceu "do nada" e há 40 anos que o povo palestiniano é alvo de ocupação;
- Perante o Conselho de Segurança, o secretário-Geral da ONU afirmou-se "profundamente preocupado com as claras violações" do direito humanitário internacional em Gaza e voltou a apelar a um imediato cessar-fogo humanitário;
- António Guterres voltou entretanto a pronunciar-se sobre o conflito. Nas últimas horas, o secretário-geral das Nações Unidas escreveu na rede social X, ex-Twitter, que "as queixas do povo palestiniano não podem justificar os ataques horríficos do Hamas" e que estes "ataques horrendos não podem justificar a punição coletiva do povo palestiniano";
- O ministro dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Palestiniana denunciou, por sua vez, a inação do Conselho de Segurança da ONU. Riyad Al-Malqi considerou que esta é uma postura indesculpável;
- O Tribunal Internacional de Justiça está a analisar as consequências legais da ocupação israelita. O principal órgão judicial das Nações Unidas vai levar a cabo audiências públicas sobre "as consequências jurídicas das políticas e práticas de Israel no Território Palestiniano". As audiências, que terão início em fevereiro do próximo ano, vão debruçar-se sobre os argumentos de ambas as partes. Será depois emitido um parecer jurídico não vinculativo;
- A administração do Hamas adianta que, na última noite, morreram pelo menos 80 pessoas em diferentes sectores da Faixa de Gaza atingidos por ataques das Forças de Defesa de Israel. Estes bombardeamentos causaram também centenas de feridos;
- Um ataque israelita contra posições militares no sudoeste da Síria, esta quarta-feira, matou pelo menos oito soldados e feriu outros sete, noticia a agência estatal síria SANA. A "agressão aérea" israelita, escreve a agência, visou alvos próximo da cidade de Deraa. Há também notícia de importantes danos materiais;
- O presidente francês esteve reunido na terça-feira com o presidente da Autoridade Palestiniana. Emmanuel Macron encontrou-se com Mahmoud Abbas depois de ter estado com o presidente e o primeiro-ministro de Israel. A reunião realizou-se em Ramallah, na Cisjordânia. A informação foi confirmada pelo gabinete do líder palestiniano;
- Já tem nacionalidade portuguesa o cidadão israelita refém do Hamas que aguardava a certidão de Portugal. De acordo com o Público, o Governo acelerou os procedimentos e o homem tem agora dupla nacionalidade, podendo beneficiar de um eventual acordo para a libertação de reféns. A certidão foi imediatamente enviada para a unidade dos serviços de segurança israelita, que a fará chegar ao movimento radical palestiniano. Ofer Calderon aguardava desde 2021 a nacionalidade portuguesa, ao abrigo da lei dos sefarditas. Foi raptado a 7 de outubro e levado para a Faixa de Gaza com os dois filhos menores.