"A única solução é a paz", defendeu, na abertura do debate parlamentar convocado para refletir sobre a estratégia do país no conflito em curso no Médio-Oriente, descrito por Borne como uma "situação complexa e difícil".
A primeira-ministra de França referiu-se os atentados de dia sete de outubro como "o eclodir de uma violência cega de uma brutalidade sem precedentes". "Minimizar, justificar, até mesmo absolver o terrorismo, é aceitar que ele venha bater novamente amanhã em Israel, em França, por todas as partes", advertiu a chefe de Governo, num discurso brevemente interrompido por reações das bancadas da esquerda.
"Aqueles que confundem o direito dos palestinianos a dispor de um Estado com a justificação do terrorismo cometem um erro moral, político e estratégico", insistiu Borne, lembrando que "os palestinianos não são o Hamas nem o Hamas é o povo palestiniano".
Os bombardeamentos da Faixa de Gaza por parte de Israel valeram igualmente censura da primeira-ministra francesa. "As populações não devem pagar o preço dos crimes dos terroristas", lembrou. "A resposta militar deve fazer-se no respeito pelo direito internacional, nomedadamente o direito internacional humanitário", frisou Elizabeth Borne, lamentando "milhares de palestinianos mortos, incluindo muitas crianças".
"Estas milhares de vidas ceifadas, não as esquecemos. Eu não as esqueço", garantiu.