Numa declaração, o monarca frisou a Macron que “Israel deveria ser pressionado pelas potências mundiais para parar a sua campanha de bombardeamento implacável na Faixa de Gaza, governada pelo Hamas, e acabar com o seu cerco ao enclave densamente povoado de 2,3 milhões de palestinianos”.
Macron, que chegou a Amã depois de ter mantido conversações na terça-feira com os líderes israelitas e palestinianos, discutiu com o rei jordano as formas de acabar com o conflito com base num futuro Estado palestiniano que coexista com Israel, disse o comunicado.
"A continuação da guerra (em Gaza) levará a uma explosão da situação na região", disse Abdullah a Macron, fazendo eco das preocupações dos líderes regionais de que a guerra se possa expandir para outros países.
O conflito despertou receios antigos na Jordânia, onde vive uma grande população de refugiados palestinianos e seus descendentes, de que uma guerra mais vasta possa levar Israel a expulsar os palestinianos em massa da Cisjordânia ocupada. Israel retirou-se de Gaza em 2005, após 38 anos de ocupação.
"Somos contra qualquer tentativa de Israel de criar um êxodo de palestinianos ou de deslocar internamente os habitantes de Gaza", sublinhou Abdullah.
A Jordânia, que faz fronteira com a Cisjordânia a oeste, absorveu a maior parte dos palestinianos que fugiram ou foram expulsos das suas casas durante a guerra que rodeou a criação de Israel em 1948.