O exército norte-americano efetuou esta sexta-feira vários ataques no Iémen, tendo bombardeado 15 alvos do movimento rebelde xiita iemenita Houthi, leal ao Irão. A televisão al Masirah, afeta ao grupo tinha referido durante a tarde ataques a três cidades do Iémen, incluindo um aeroporto, apontando o dedo aos EUA e ao Reino Unido. Londres enjeitou depois qualquer envolvimento.
O Comando militar americano para o Médio Oriente, Centcom, admitiu depois na rede X ter "realizado bombardeamentos contra 15 alvos houthis em zonas do Iémen controladas pelos Houthi", pelas 14h00 GMT. Os alvos estavam ligados às capacidades militares ofensivas do grupo xiita, acrescentou, sem detalhar se incluíram mísseis, drones ou instalações radar.
Testemunhas locais relataram ataques um pouco por todo o Iémen, incluindo o aeroporto de Hodeidah e a capital, Sanaa, assim como a cidade de Dhamar e o sudeste da província de al-Bayda, onde vários postos militares Houthi terão sido atingidos.
Os Houthi são responsáveis por quase uma centena de ataques a navios cargueiros em curso no Mar Vermelho, resaliados desde novembro de 2023 em apoio aos palestinianos de Gaza. Os ataques provocaram o naufrágio de dois navios. Um terceiro foi sequestrado. Nas operações morreram pelo menos quatro marinheiros.
As ações dos aliados ocidentais contra os Houthi, lideradas pelos EUA, têm sido defensivas na maioria das vezes, concentrando-se rm interceptar drones e mísseis lançados contra navios comerciais e barcos de guerra americanos.
Os ataques a infraestruturas militares Houthi têm sido muito menos frequentes, para não exacerbar as tensões agravadas por quase 12 meses de guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, em Gaza.