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"Este orçamento regressa a uma tese económica que tem sido a origem da nossa desgraça"

por RTP

Rui Tavares, porta-voz do Livre, começou por recordar o discurso primeiro-ministro na abertura deste debate orçamental, quando citou o padre António Vieira para dizer que “somos o que fazemos porque enquanto fazemos vivemos, e quando não fazemos apenas duramos”.

Rui Tavares disse, no entanto, que tinha esperança que Luís Montenegro fosse citar padre António Vieira, mas no “Sermão de Santo António aos Peixes”, para dizer que “o primeiro grande defeito dos peixes é que não só se comem uns aos outros, como os grandes comem os pequenos”, citou, provocando uma grande agitação na bancada do Chega.

“Esta verdade ainda hoje se aplica”, observa Tavares, afirmando que “Portugal tem até hoje um défice de olhar para aqueles que mais sofrem”.

“Este orçamento regressa a uma tese económica que tem sido a origem da nossa desgraça e não da nossa evolução”, declara, afirmando que “o bolo tem estado a crescer, mas a distribuição está cada vez pior”.

Para o Livre, este orçamento tinha de ser um “orçamento social, ecológico e da inovação” e avança com algumas propostas, como prescindir da redução de 500 milhões de euros do IRS Jovem para distribuir esse valor através de uma conta-poupança no valor de 5000 euros para quando as crianças chegarem à idade adulta.
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