"Este é o início de uma longa viagem de recuperação", reage Joe Biden à libertação dos reféns

por RTP

O presidente dos Estados Unidos da América saudou a libertação de reféns do Hamas, esta sexta-feira, destacando que se trata "do início de um processo".

"Nos próximos dias esperamos que mais reféns sejam recuperados pelas suas famílias", acrescentou. "Não vamos parar até conseguir levar para casa todos os reféns e sabermos onde estão".

Foram libertados 13 israelitas, 10 tailandeses e um filipino, enquanto Israel libertou 39 palestinianos, sobretudo mulheres e adolescentes. Nos próximos três dias está prevista a libertação de novos grupos.

"Hoje, sejamos gratos por todas as famílias que estão reunidas e por aquelas que o estarão em breve", disse o chefe de Estado, um dia após o feriado norte-americano do Dia de Ação de Graças.

"Todos esses reféns passaram por uma provação terrível e este é o início de uma longa viagem de recuperação para eles", disse.

O Presidente dos Estados Unidos declarou ainda que "encorajou o primeiro-ministro (israelita, Benjamin Netanyahu) a concentrar-se na redução das vítimas civis enquanto tenta eliminar o Hamas", considerando ser "um objetivo legítimo".

O líder norte-americano disse não saber "quando" ocorrerá a libertação dos norte-americanos feitos reféns, cujo estado de saúde desconhece, e que também não sabe "a lista de todos os reféns e quando serão libertados".

"A minha esperança e expectativa é que aconteça em breve", afirmou, recordando "as duas mulheres americanas" e uma menina de quatro anos com dupla nacionalidade -- israelita e norte-americana - que "continuam entre os desaparecidos".

"Não sei quanto tempo vai demorar. A minha expectativa e esperança é que, à medida que avançamos, o resto do mundo árabe na região também pressione todas as partes para que ponham um fim a isto o mais rápido possível", afirmou.

Biden considerou que esta pausa no conflito, decretada para o resgate de reféns por troca de prisioneiros palestinianos detidos em prisões israelitas, permitiu um alívio humanitário importante, prometendo continuar a fazer tudo para que o Hamas não desvie o auxílio. 

Agradecendo a intervenção de diversos líderes internacionais, incluindo da região, para ser conseguido o acordo entre Israel e o Hamas, o presidente norte-americano viu também "possibilidades concretas" de prolongar a pausa nas hostilidades.

"Temos de terminar este ciclo de violência no Médio Oriente", defendeu ainda, voltando a apelar à solução de dois Estados. "Não podemos dar ao Hamas o que eles querem", afirmou o presidente dos EUA, depois de lembrar que o grupo palestiniano pretende impedir a existência de Israel.
"Uma solução de dois Estados onde israelitas e palestinianos possam um dia viver lado a lado, com igual medida de liberdade e igualdade", defendeu o chefe de Estado em declarações à imprensa.

Joe Biden sublinhou ainda a importância de também os países árabes se esforçarem diplomaticamente em resolver o problema israelo-palestiniano e serem parte da solução.

Os Estados Unidos desempenharam um papel importante nas negociações que conduziram às primeiras libertações de reféns, num acordo que foi alcançado graças à mediação do Qatar e com o apoio do Egito.

com Lusa
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