Encontro com Zelensky ao segundo dia em Kiev

por RTP

O encontro entre Marcelo Rebelo de Sousa e Volodymyr Zelensky não tem ainda hora prevista. Na quarta-feira, ao desembarcar na estação ferroviária de Kyiv-Pasazhyrskyi, o presidente da República confirmou que iria avistar-se com o presidente ucraniano. Horas depois, admitiu mesmo a possibilidade de convidar o anfitrião a visitar Lisboa.

No primeiro dia da visita, Marcelo percorreu localidades dos arredores da capital ucraniana que enfrentaram a ocupação russa, nos primeirs capítulos da invasão, há um ano e meio. O chefe de Estado afirmou que a Ucrânia é agora um país diferente face a maio do ano passado, quando o primeiro-ministro, António Costa, o visitou. Contudo, Marcelo apontou as "cicatrizes" da guerra no terreno.Marcelo Rebelo de Sousa entrou ontem numa trincheira em Moshchun.

 
À tarde, o presidente português marcou presença na cimeira da denominada Plataforma da Crimeia, ocasião para descrever como "um ruído" qualquer cenário para a Ucrânia que exclua a península anexada em 2014 pela Rússia como parte do território do país.


Marcelo Rebelo de Sousa ouviu as sirenes em Kiev. Estava com Zelensky quando o alarme soou na cidade a alertar para o lançamento de mísseis russos.


Por razões de segurança, a Presidência da República não destapou pormenores sobre a agenda o segundo dia da visita à Ucrânia.
32 anos da independência ucraniana
A Ucrânia comemora esta quinta-feira o Dia da Independência, selada há 32 anos no contexto do colapso da União Soviética. A data assinala também 18 meses da invasão russa.Em Lisboa, está prevista uma concentração ao final da tarde, seguida de um desfile com uma bandeira de 30 metros no Parque Eduardo VII.


As celebrações decorrem, como em 2022, sem parada ou aglomerações nas ruas, dado o risco de bombardeamentos russos.

Vários chefes de Estado e representantes de países que apoiam a Ucrânia, entre os quais Marcelo Rebelo de Sousa, estão presentes nestas comemorações.
Morte de Prigozhin
O dia de quarta-feira ficou marcado pela notícia da morte do patrão do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin. O líder dos mercenários russos que em junho desafiou o regime de Vladimir Putin morreu na queda do avião em que viajava, a norte de Moscovo. O aparelho transportava outras nove pessoas.


O braço direito de Prigozhin também seguia a bordo.

Confrontado com a notícia, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, admitiu não estar surpreendido.

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