A denúncia foi feita pelo ministro dos Negócios Estrangeiros do Egito, Sameh Shukri, durante uma reunião no Cairo, com a diretora executiva do Programa Alimentar Mundial (PAM), Cindy McCain, referiu em comunicado de imprensa.
“Além do bombardeamento israelita do outro lado, [na fronteira em Rafah], Israel impõe restrições logísticas que dificultam a chegada de ajuda à Faixa” de Gaza, referiu no documento.
Segundo o Egito, desde que a passagem por Rafah foi aberta, há duas semanas, os camiões com ajuda humanitária - com água, alimentos, medicamentos e material médico – dirigem-se primeiro à passagem de Awja, entre o Egito e Israel, para serem inspecionados pelas autoridades israelitas.
Posteriormente, os camiões regressam a Rafah, por via terrestre, mas apenas aqueles que obtiveram autorização israelita, indica a mesma fonte do governo do Cairo, que considerou como “um abrandamento” no processo de fornecimento da ajuda humanitária.
A reunião entre Sameh Shuki e Cindy McCain também abordou “a deterioração das condições em Gaza e as crescentes necessidades humanitárias da população”, ao mesmo tempo que enfatizou como atuar para “adaptar-se à dimensão e ao alcance da crise humanitária na Faixa” de Gaza, segundo o documento.
O ministro disse ter explicado “à diretora executiva do PAM os esforços egípcios para levar ajuda humanitária a Gaza de forma direta e através das facilidades que concede aos governos e às agências doadoras”.
O chefe da diplomacia egípcia denunciou hoje estes “obstáculos israelitas” após uma reunião que manteve em Amã, Jordânia, com os seus homólogos de outros cinco países árabes e com o secretário de Estado dos Estados Unidos da América (EUA), Antony Blinken, num encontro centrado em facilitar a chegada de mais ajuda a Gaza.
c/Lusa