Especial
Orçamento do Estado para 2025. Segundo dia de debate e votação na generalidade

Chega recupera tema da violência

por RTP

Numa análise muito própria do funcionamento da Assembleia da República, o líder do Chega, André Ventura, começou por rejeitar a primazia dada ao PS na intervenção após a declaração inicial do primeiro-ministro, Luís Montenegro, argumentando que não deveria assim ser Pedro Nuno Santos, secretário-geral socialista, a falar, mas ele próprio, já que, considerou, o PS deixou de ser o principal partido da oposição, a quem o regimento dá a tal prioridade, depois de viabilizar o Orçamento do Estado de 2025, para esse lugar ser agora ocupado pelo Cheha.

“O PS deixou de ser um partido da oposição, é o partido que sustenta o Governo em Portugal. Talvez no futuro do Governo de Bloco Central fizesse sentido começar pelo Chega, o principal partido da oposição”, declarou André Ventura.

Após esta intervenção inicial, André Ventura recuperou o tema da violência na região de Lisboa que se seguiu à morte de um cidadão às mãos de um polícia. O líder do Chega lamentou que as forças de segurança estejam – considerou – a ser ”achincalhados” de uma forma geral.

Ventura acusou depois o primeiro-ministro de se ter reunido com líderes de organizações que o líder do Chega diz desrespeitarem as forças de segurança, sublinhando que as “polícias e forças de segurança (...) estão do lado certo da história. Eles defendem-nos”.

“Foi reunir com quem? Mamadou Ba, que chamou 'bosta' à bófia”, acusou Ventura.

“Eu sei que está qui para falar do OE, mas ainda ontem mais dez carros foram incendiados em Benfica”.

Perante estas declarações, que André Ventura dirigiu às galerias onde se encontram membros das forças de segurança, alguns dos presentes aplaudiram a posição do Chega.
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