Em declarações à RTP, alguns dos bispos portugueses que assistiram à oração das Vésperas, no Mosteiro dos Jerónimos, reagiram às palavras do papa Francisco, que pediu uma “santificação humilde” da Igreja perante “grito de sofrimento” das vítimas de abusos sexuais.
O arcebispo de Évora, Francisco Senra Coelho, considerou as palavras do papa Francisco “estimulantes e desafiantes”.
“Reconheço que houve erros de comunicação e que possa ter havido hesitações”, afirmou.
D. Jenuário Torgal Ferreira, antigo bispo das Forças Armadas, admite que a Igreja portuguesa “chegou atrasada”, mas “reagiu bem”.
José Cordeiro, arcebispo de Braga, diz que a Igreja está empenhada em conhecer a realidade, e a enfrentá-la e colocar no centro as pessoas e as vítimas”. “Juntos vamos encontrar o caminho para que, de facto, [a Igreja] seja um porto seguro”, acrescentou.
“Não podemos esconder a realidade que já é conhecida. Temos de a enfrentar com a luz do evangelho e acreditar neste sonho de Deus e, com a ajuda das pessoas, centrar-nos no essencial”, declarou.