"Assinalar o 25 de Novembro não é mais do que celebrar Abril", para Aguiar-Branco

por RTP

Já prestes a terminar a sessão solene, o presidente da Assembleia da República discursou e lamentou que “há quem tema que a cerimónia de hoje sirva para comparar datas e acontecimentos”, que “esta cerimónia sirva para desvalorizar o 25 de Abril, para o desconsiderar”.

Dirigindo-se ao parlamento, Aguiar-Branco esclareceu: “o 25 de Abril não é desvalorizável, não é equiparável, não é substituível”. 

“Assinalar o 25 de Novembro não é mais do que celebrar Abril e o que só Abril iniciou: a liberdade e o desejo de democracia”, afirmou. “Liberdade e democracia que devem ser celebradas todos os dias, hoje não é exceção, é até um dia maior para isso”.

"Vejam de onde viemos e reparem onde chegámos", acrescentou, lembrando que pode não haver consenso nos debates sobre os assuntos do país, como o financiamento da RTP ou a cor dos boletins dos bebés. "Que privilégio podermos discustir isso".

Lembrando que a 25 de Novembro de 1974 houve “vencidos e vencedores”, o presidente da Assembleia da República fez questão de recordar que, passados uns meses, estavam “vencidos e vencedores sentados nesta mesma assembleia”. “Vencidos e vencedores que disputaram eleições, trocaram argumentos no plenário, evoluíram as suas ideias, com mais ou menos momentos de tensão, com mais ou menos discussões acaloradas ou debates inflamados”.

“É esse o país que celebramos hoje”, declarou o presidente da Assembleia da República.

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