Apoio aos reféns do Hamas leva a queixa contra agência de publicidade do metro de Paris

por RTP

Uma associação apresentou queixa em Paris por discriminação contra a agência de publicidade Mediatransports, que acusa de não ter aceitado uma campanha de apoio aos reféns do Hamas no metro de Paris, de acordo com a AFP.

O ataque do Hamas a 7 de outubro causou a morte a 1.206 pessoas do lado israelita. Das 251 pessoas feitas reféns 97 continuam detidas na Faixa de Gaza, 34 das quais foram declaradas mortas pelo exército israelita.

A associação "Tous 7 octobre" explica que contactou a Mediatransports, principal autoridade de transportes públicos de França, para comprar "uma dúzia de ecrãs digitais para transmitir os rostos dos 101 reféns restantes" no metro de Paris, de acordo com a queixa apresentada na terça-feira.

A Mediatransports recusou-se no entanto colocar "os cartazes de 99 dos 101 reféns", invocando o "princípio da neutralidade" e explicando que só podia exibir reféns franceses.

A associação argumenta que representa "indiscriminadamente todos os reféns detidos pelo Hamas", independentemente da sua nacionalidade e acusa, por isso, a Mediatransports de discriminação.

"A divulgação das imagens representava um risco muito grande de perturbar a ordem pública no atual contexto geopolítico nacional e internacional", justificou à AFP a empresa do metro de Paris.
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