O líder do Chega começa o discurso a afirmar que a legislatura do novo Governo no Parlamento não começou bem. "Não começa bem porque vem a um Parlamento onde não tem nada aproximado com uma maioria".
“Por isso quase que diz ao PS e ao Chega se nos derem hoje cartão branco, têm que dar até ao fim da legislatura. Se quiser resolver isto, podemos resolver já hoje. Se for mesmo isso que quer, então é já hoje que se resolve, ou amanhã”, acrescentou André Ventura.
Para o líder do Chega, “chantagem é coisa que a Assembleia da República não deve ter”. André Ventura recorda que o PSD teve um resultado eleitoral muito semelhante ao de 2022 “em que ficou em igualdade de deputados com o PS e com o partido à sua direita com mais de um milhão de votos e com 50 deputados. E vem aqui dizer, não, não, nós não temos de falar com ninguém”.
O líder do Chega acrescenta que Montenegro não se chama “Aníbal Cavaco Silva, nem 2024 é 1985 ou 87. E mais, Cavaco Silva perdeu na sua terra natal”.
Ventura acusa ainda Montenegro que tinha afirmado que ia varrer o socialismo de Portugal de “se por nas mãos da bancada socialista”.
“Eu não sei senhor primeiro-ministro se quer cumprir abril, se quer cumprir José Saramago, ou que o trás verdadeiramente nesse varrer do socialismo”.
Ventura recorda ainda que o atual governo tem “as condições para um orçamento retificativo quando quiser. Tem as condições políticas para o fazer. Tem as condições económicas para o fazer e tem as condições financeiras. Não o quer fazer. Porque quer chantagear as maiorias deste parlamento, para poder dizer depois, não me deixaram trabalhar. Não me deixaram fazer. Aquilo que quisemos fazer. Mas esta bancada não se deixará chantagear”.