Num documento de 13 páginas, os dois Países condenam a guerra iniciada pela Rússia e afirmam que a atuação de Moscovo "constitui uma ameaça à paz e segurança internacionais e uma violação flagrante do Direito Internacional."
Portugal e Ucrânia comprometem-se a trabalhar por uma "paz abrangente, justa e duradoura". Em conjunto, os dois países sublinham a vontade de continuar a fortalecer as relações bilaterais em diversos domínios.
O entendimento em causa estende-se a um horizonte de dez anos e também abrange o apoio português no processo de adesão de Kiev à União Europeia e à NATO.
Luís Montenegro afirmou, após a assinatura do acordo, que este é um "compromisso inabalável de Portugal" que será mantido nos próximos 10 anos, contribuindo para um trabalho conjunto, a nível global, de apoio às forças de segurança da Ucrânia.
O primeiro-ministro anunciou ainda que o Presidente da República e o Ministro dos Negócios Estrangeiros vão ser os representantes de Portugal na Cimeira da Paz marcada para 15 e 16 de junho, na Suíça.
Luís Montenegro garantiu que Portugal vai continuar a empenhar-se para que outros países, incluindo os países de língua portuguesa, possam participar no encontro.
Por sua vez, Zelensky voltou a sublinhar que a Rússia é uma ameaça à paz na Europa. Agradeceu o apoio de Portugal, considerando que o país é "um sincero amigo e parceiro" da Ucrânia.
O presidente da Ucrânia referiu ainda que discutiu com Luís Montenegro o treino de pilotos ucranianos para os caças F-16.
Por fim, Zelensky destacou que o acordo estratégico com Portugal vai durar pelo menos dez anos, pelo que deverá também abranger a reconstrução da Ucrânia depois da guerra.