Agência da ONU para os Refugiados Palestinianos estima em mais de 600 mil o número de pessoas sob ordens de deslocação no sul da Faixa de Gaza

por RTP

O chefe da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos afirma na rede social X que "perto de metade" destas pessoas "foram já forçadas, previamente, a abandonar as suas casas".

Philippe Lazzarini avisa que "não há para onde ir, dado que os abrigos, incluindo a UNRWA, estão para lá da sua capacidade".


Daniel Hagari, porta-voz das Forças de Defesa de Israel, adiantou nas últimas horas que o exército está "a despejar panfletos com códigos QR que abrem um mapa para guiar os habitantes de Gaza até áreas mais seguras".

Israel está a instar os civis palestinianos a deslocarem-se para Rafah, na fronteira com o Egito, ou para al-Mawasi, uma pequena porção de território próximo da costa mediterrânica. Todavia, responsáveis da ONU classificam a ideia de "zonas seguras" como uma "narrativa falsa e perigosa", como observa a edição online da BBC.

"Estes são pequenos pedaços de terra estéril. Não têm água, instalações, abrigos do frio, nenhum saneamento", alertou o porta-voz da Unicef James Elder, em declarações à estação pública britânica.
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