Foto: Antena1
O Presidente da República pode ser um entrave à regionalização? João Oliveira, líder parlamentar do PCP, acredita que, havendo maioria na Assembleia da República, o Presidente saberá interpretar a decisão do parlamento.
João Oliveira defende que a transferência de competências para os municípios foi um erro porque põe em causa direitos universais. João Oliveira diz que passamos a ter 308 políticas de saúde e 308 políticas de educação, porque as capacidades dos municípios são diferentes.
Orçamento do Estado
João Oliveira critica o calendário escolhido pelo governo. Evita revelar como é que estão a decorrer as conversas com o governo. O líder Parlamentar do PCP salienta que neste Orçamento, tal como nos anteriores, o resultado dependerá do que o governo quiser fazer. O PCP não aponta linhas vermelhas porque “não trocamos as nossas propostas por outras”.
João Oliveira nega que o voto do PCP no Orçamento de Estado seja ditado por razões táticas. Desconhece, para além do que leu na comunicação social, eventuais negociações do governo com o PSD/ Madeira, mas questiona-se sobre o caminho que o governo quer seguir: “Vai colocar-se num caminho de autossuficiência, agindo como se tivesse uma maioria absoluta que não têm?”, pergunta o líder parlamentar do PCP.
Liderança do PCP
Com congresso do PCP marcado para Novembro do próximo ano, João Oliveira diz que se tiver de fazer uma aposta, aposta que não lhe vai ser colocada a hipótese de ser ele a suceder a Jerónimo de Sousa. Ser jovem e ser popular dentro do partido não são critérios de escolha para ser secretário-geral. A escolha também não está ligada a resultados eleitorais, por isso, João Oliveira "tem a certeza quase absoluta" que essa questão não lhe vai ser colocada.
Pode ver aqui na íntegra esta entrevista de Natália Carvalho a João Oliveira: