Os dois partidos apelam ainda aos outros partidos com assento parlamentar, "menos o CHEGA e o PSD", que se juntem para formar um “governo estável e sólido” na região autónoma
“É um momento histórico” e “uma oportunidade única” para retirar o governo ao PSD e acabar com "uma hegemonia que dura quase há meio século”, estas foram as palavras proferidas por Paulo Cafôfo, PS, e por Élvio Sousa, JPP (Juntos Pelo Povo).
Numa declaração à imprensa, ao início da noite desta segunda-feira, os dois dirigentes apelaram à responsabilidade dos restantes partidos, à exceção de CHEGA e PSD, para tornar “mais robusto”, afirmou Paulo Cafôfo, o entendimento entre PS e JPP e lembrando que juntos “temos a maioria” (mais um deputado do que o PSD de Miguel Albuquerque) para governar a região autónoma.
PS e o JPP vão propor uma solução governativa ao representante da República no arquipélago e ambos não viabilizam um governo do PSD, Paulo Cafôfo sublinha que PS e JPP estão prontos para "tomar posse perante a assembleia legislativa" da Madeira e "apresentar um programa de governo".
Élvio Sousa, do JPP, insiste no “apelo à consciência” dos madeirenses e dos outros partidos para “virar a página” no arquipélago cumprindo “uma vontade de mudar.
Os resultados das eleições de domingo deram 19 mandatos ao PSD, 11 ao PS e nove ao JPP. Os partidos vão ser ouvidos pelo representante da República na Madeira, Ireneu Barreto, esta terça-feira.
À margem da declaração de PS e JPP no Funchal, em Évora, o primeiro-ministro criticou quem perdeu eleições e está ocupado “em geringonçar". Num comício, a marcar o primeiro dia de campanha para as eleições europeias, Luís Montenegro acusou quem perdeu eleições de manter "uma postura de altivez e arrogância".