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Eleições Legislativas. O filme da noite eleitoral

por Inês Moreira Santos, Mariana Ribeiro Soares, Carlos Santos Neves - RTP

O eleitorado português foi este domingo convocado às urnas para definir o desenho do Parlamento. A RTP seguiu todos os momentos decisivos da noite numa emissão especial que pôde também ser acompanhada aqui, minuto a minuto. No culminar da jornada eleitoral, cujo escrutínio cimentou o Chega como terceira força e deu à AD vantagem escassa sobre o PS, Luís Montenegro afirmou ter "a expectativa" de ser chamado a liderar o próximo governo. Pedro Nuno Santos posicionou-se como líder da oposição.

Tiago Petinga - Lusa

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por RTP

É este o desenho político do Parlamento

Com o fecho da contabilização do Parlamento dependente da contagem dos votos da emigração, o líder da AD, Luís Montenegro, reclamou uma vitória previamente concedida pelo secretário-geral dos socialistas, Pedro Nuno Santos.

Montenegro procurará nos próximos dias ser indigitado pelo presidente Marcelo para constituir governo e assumir o cargo de primeiro-ministro.
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Montenegro declara vitória
por RTP

“É minha expectativa fundada que presidente me possa indigitar para formar governo”

No final de uma noite eleitoral cujos contornos contabilísticos estão ainda por esclarecer, Luís Montenegro declarou vitória e afirmou que face aos resultados, espera que o Presidente da República o indigite para formar Governo. Falando depois de Pedro Nuno Santos ter admitido a grande probabilidade de derrota do PS, o líder da AD aponta o desejo dos portugueses de mudar de política nestas legislativas.

“No nosso entendimento, os portugueses falaram e disseram: em primeiro lugar, queriam mudar de governo; em segundo lugar, que queriam mudar de políticas; em terceiro lugar, querem que os grandes partidos possam apresentar-se de forma renovada e com capacidade de inovar e em quarto lugar disseram que os partidos políticos, nomeadamente os que têm participação parlamentar, devem privilegiar mais o diálogo e a concertação entre líder e entre partidos”, declarou.
“Face a isto e face à vitória eleitoral, é minha expectativa fundada que o presidente da República me possa indigitar para formar governo”, acrescentou.

Questionado pelos jornalistas sobre a posição da AD face ao Chega, que se consolidou como terceira força política do país, atingindo a fasquia de um milhão de votos, Montenegro reiterou: "Não é não".
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Pedro Nuno Santos felicita AD
por RTP

Líder do PS assume derrota. "Nós vamos liderar a oposição"

O secretário-geral do PS assume a derrota nestas legislativas e revela que já felicitou o número um da AD, Luís Montenegro, e apontou o seu partido para o papel de liderança da oposição, a par de uma renovação interna.

"Apesar da diferença tangencial entre nós e a AD e sem desrespeitar os votos e os eleitores dos círculos eleitorais das nossas comunidades, tudo indica que o resultado não permitirá ao PS ser o partido mais votado. Quero por isso dar os parabéns e felicitar a AD pela vitória nestas eleições", declarou Pedro Nuno Santos.

"O PS será oposição, nós vamos liderar a oposição. Seremos oposição, renovaremos o partido e procuraremos recuperar os portugueses descontentes com o PS. Essa é a nossa tarefa daqui para a frente".
No discurso da noite eleitoral no Hotel Altis, tradicional quartel-general dos socialistas, Pedro Nuno sublinhou que "só é vencido quem desiste de lutar". "Vamos ter muito combate pela frente", disse.

O PS, afiançou, viabiliza um governo minoritário da AD, não votando qualquer moção de rejeição a tal executivo, mas que vai liderar a oposição, sem suportar a próximo solução governativa no Parlamento: "A direita ou a AD que não conte com o PS para os suportar".
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por RTP

Ventura deixa recado a Montenegro: "Só um líder e um partido muito irresponsável deixarão o PS governar"

Foto: Pedro Rocha - Reuters

André Ventura diz que o PS perdeu as eleições e declara o Chega como o grande vencedor desta noite eleitoral. No seu discurso final, o líder do Chega deixou ainda um recado à AD, afirmando que "só um líder e um partido muito irresponsável deixarão o PS governar quando temos na nossa mão a possibilidade de fazer um governo de mudança".

"Não sabemos ainda como é que esta noite ficará conhecida na história de Portugal, mas há um dado que já temos a certeza: esta é a noite em que acabou o bipartidarismo em Portugal", declarou André Ventura na sede do Chega.

Ventura diz que o PS perdeu estas eleições e observa que o PSD, coligado ao CDS, "ficará igual ou pouco acima do que ficou Rui Rio sozinho em 2022".

"Por isso, só há um dado de crescimento destas eleições: o Chega quadruplicou os resultados eleitorais", declarou.

"Independentemente de quem vença, haverá neste Parlamento já definida uma maioria clara. Essa maioria será entre o Chega e o PSD. Não é o que quereríamos, mas é o que o país tem neste momento", afirmou, deixando, de seguida, um recado a Luís Montenegro.

"Só um líder e um partido muito irresponsável deixarão o PS governar quando temos na nossa mão a possibilidade de fazer um governo de mudança", asseverou.

"O país começará agora a ser libertado pouco a pouco em todas as instituições, porque a menos que o PSD se vergue a ela, começaremos já amanhã a libertar Portugal da extrema esquerda e da esquerda em Portugal", rematou.

No seu discurso, André Ventura atacou as empresas das sondagens e acusou a imprensa de "tentar fazer diminuir os votos do Chega".

"Enganaram-se, falharam e hoje somos mais de um milhão em Portugal", disse Ventura, afirmando que o Chega é "o partido mais perseguido em toda a história da democracia portuguesa".
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Iniciativa Liberal promete responsabilidade
por RTP

"Seremos responsáveis nos cenários que se venham a colocar", clama Rui Rocha

O presidente da IL reconheceu, na sua intervenção da noite eleitoral, que o cenário resultante das legislativas é complexo e que os próximos dias serão decisivos para uma clarificação. Rui Rocha quis mostrar-se disponível para assumir responsabilidades integrar uma solução.

"Seremos responsáveis nos cenários que se venham a colocar. Não será pela Iniciativa Liberal que não haverá uma solução estável de governação. Portanto, cabe aos outros assumirem", disse o líder dos liberais.
O dirigente tratou ainda de frisar que a IL contribuirá para uma solução "naturalmente excluindo" as opções que sempre excluiu, numa referência ao Chega de André Ventura.

"Estaremos cá para assumir as nossas responsabilidades, para contribuir para as soluções, para tornar Portugal um país mais próspero. Aguardemos os próximos dias", enfatizou.
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A leitura do PAN
por RTP

Inês Sousa Real responsabiliza Belém pela instabilidade política

A porta-voz do PAN sai a terreiro na noite eleitoral para responsabilizar diretamente o presidente da República pela instabilidade política no país, após a "descrença das pessoas" se ter convertido em votos no Chega.

"Sabemos que o contexto político é bastante adverso e não posso deixar de lamentar que o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, tenha contribuído, de alguma forma, para toda a instabilidade política que temos vivido, para que a descrença das pessoas se tenha transformado num voto de protesto ao invés de um voto de confiança nas forças políticas do espetro democrático", arguiu Inês Sousa Real.
A deputada reeleita afirmou, contudo, ter "a certeza absoluta, caso o país vá novamente a eleições, de que os portugueses vão olhar para aquilo que possam ser soluções construtivas na Assembleia da República e não por forças populistas não democráticas".
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por RTP

Mariana Mortágua: "Bloco fará parte de qualquer solução que afaste a direita"

Foto: João Relvas - Lusa

A coordenadora bloquista afirmou ao fim da noite que nestas eleições em que o partido assegurou cinco parlamentares "o Bloco de Esquerda resistiu, aumentámos em votos". Mariana Mortágua deixou uma mensagem à esquerda no sentido que o BE será "parte de qualquer solução que afaste a direita do governo".

"Aqui estamos e faremos exactamente aquilo que dissemos que íamos fazer: seremos parte de qualquer solução que afaste a direita do governo", declarou Mariana Mortágua.

A coordenadora bloquista deixou a certeza de que as forças à esquerda "sabem que contam connosco".

"Levamos a sério a campanha que fizemos, levamos a sério a confiança que cada uma destas pessoas depositou em nós", garantiu.
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por RTP

Nuno Melo diz que PS perdeu as eleições

Num discurso na sede da Aliança Democrática, Nuno Melo diz que a AD venceu e o Partido Socialista perdeu as eleições.

O presidente do CDS destacou o regresso do seu partido ao Parlamento como um "momento histórico muito importante e muito bom para a democracia em Portugal".

"O CDS voltou à Assembleia da República de onde nunca devia ter saído", afirmou.

"É muito importante assegurar agora condições de governabilidade", acrescentou, apelando a que "todos estejam à altura das suas responsabilidades".
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por RTP

Rui Tavares considera que Livre "sabe crescer e sabe crescer bem"

Foto: André Kosters - Lusa

Rui Tavares reagiu aos resultados eleitorais afirmando que o Livre "sabe crescer e sabe crescer bem" e que é sempre "de olhos postos no futuro do país e das pessoas" que o partido "vai trabalhar".

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Temido diz que projeções mostra "instabilidade" e "difícil situação" no país

Marta Temido considera que ainda tem de se esperar pelos resultados finais e que, à semelhança de António Costa, provavelmente não serão conclusivos hoje.

"Isto mostra a difícil situação para a qual estas eleições nos trouxeram e para a instabilidade com a qual vamos ter de lidar", afirmou a antiga ministra da Saúde.
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Paulo Raimundo diz que vitória da AD constitui "um risco sério de empobrecimento democrático"

Foto: Manuel de Almeida - Lusa

Paulo Raimundo foi o primeiro político a reagir aos resultados. O secretário-geral da CDU considera que, a confirmar-se, o resultado obtido pela AD "constitui um fator negativo para a resposta e solução de problemas com que os trabalhadores e o povo se confrontam, facilitando um caminho de retrocesso e de ataques a direitos e favorecimento do grande capital".

"Um favorecimento que marca o percurso de sempre do PSD e CDS e potenciando riscos sérios de empobrecimento democrático", acrescentou.

Paulo Raimundo diz ainda que foi a "ação passada de PSD e PS" que favoreceu o Chega nestas eleições.

"O resultado agora obtido, a confirmar-se pela AD, é inseparável das ações da governação do PS. A promoção da política de direita ao longo destes últimos anos, de forma particular com a imposição da maioria absoluta, com o que gerou de injustiças e legítimo descontentamento e insatisfação, favoreceu o discurso demagógico, nomeadamente do Chega", declarou.

Paulo Raimundo considera ainda que o resultado da CDU "significa um desenvolvimento negativo, mas não deixa de constituir uma importante expressão de resistência".

"Os trabalhadores e o povo podem contar com a CDU", assegurou.
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por Lusa

Albuquerque destaca "reforço da confiança" na coligação PSD/CDS-PP na Madeira

O líder do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, destacou hoje o "reforço da confiança dos madeirenses e dos porto-santenses" na coligação liderada pelos social-democratas, que elegeu três deputados à Assembleia da República, e sublinhou que "uma vez mais rejeitaram o socialismo".

"Cumprimos todos os nossos objetivos. Elegemos três deputados, tivemos uma grande vitória na região e uma vitória expressiva, visto que o número de votos na nossa coligação [Madeira Primeiro -- PSD/CDS-PP] superou as nacionais de 2015, de 2019 e de 2022", afirmou Miguel Albuquerque.

O líder social-democrata madeirense falava num hotel, no Funchal, onde se reuniu a candidatura da coligação PSD/CDS-PP pelo círculo eleitoral da Madeira, que venceu as eleições na região autónoma com 35,38 % (52.992 votos), de acordo com os resultados totais provisórios divulgados pelo Ministério da Administração Interna.

A coligação Madeira Primeiro elegeu três deputados, todos do PSD, sendo que o partido mantém assim o mesmo número de representantes na Assembleia da República, ao passo que PS (19,84 % - 29.723 votos) perdeu um, elegendo dois deputados.

O Chega, que foi a terceira força política mais votada na região (17,56 % - 26.296 votos), elegeu um deputado.

"Esta vitória é, de facto, um reforço da confiança no PSD e na nossa coligação", afirmou Miguel Albuquerque, sublinhando que a subida do Chega na região autónoma não resultou de uma disputa na área política dos social-democratas e centristas.

"Não são votos que foram disputados connosco, isso é uma ilação que a oposição tem que tirar", reforçou, para depois acrescentar: "Não foi o nosso espaço político que foi ocupado. O nosso espaço político cresceu. Quem perdeu foram os partidos da oposição."

Albuquerque destacou, em particular, a derrota do PS, que perdeu cerca de 10 mil votos em relação às legislativas de 2022.

"É importante sublinhar que os madeirenses e os porto-santenses mais uma vez rejeitaram o socialismo", disse.

Miguel Albuquerque não estabeleceu relação entre a vitória da coligação Madeira Primeiro e a atual crise política na região autónoma, que decorre da sua demissão de presidente do Governo Regional, depois de ter sido constituído arguido no âmbito de um processo que investiga suspeitas de corrupção no arquipélago, o que levou à queda do seu executivo, de coligação PSD/CDS-PP, com o apoio parlamentar do PAN.

"Eu estou, como sempre estive, animado na liderança. Não sou pessoa de me deprimir e tenho a determinação e a capacidade de saber, com toda a humildade, aquilo que este partido em coligação e no Governo está a fazer, quer no último mandato, quer neste que foi interrompido", declarou.

Albuquerque recusou-se a falar das eleições internas no PSD regional, às quais se recandidata, e, por outro lado, considerou que "há várias hipóteses em equação" em relação ao Governo Regional de gestão, uma vez que o Presidente da República só indicará se dissolve a Assembleia Legislativa da Madeira depois 24 de março.

"Nós fazemos as coisas neste partido por etapas. Neste momento, o nosso objetivo era ganhar e ganhámos estas eleições. Agora, vamos entrar num novo ciclo e nesse novo ciclo vamos analisar todas as circunstâncias", explicou.

Em relação às eleições de hoje, Miguel Albuquerque destacou o "exemplo cívico dos madeirenses", considerando a grande afluência às urnas (58,85% - 149.783 votantes num total de 254.502 inscritos), o que classificou como "exemplo da democracia e do pluralismo" na região autónoma.

"Estes deputados eleitos pela nossa coligação são sempre, inequivocamente, os primeiros a pôr os interesses da Madeira e do seu povo acima dos interesses partidários, como é nossa tradição, e estaremos mais uma vez sempre na defesa da Madeira em todas as circunstâncias", disse.

Albuquerque afiançou que os três representantes social-democratas eleitos pelo círculo da região -- Pedro Coelho, Paula Margarido e Paulo Neves -- serão uma "voz forte e determinada" na defesa dos interesses da população do arquipélago na Assembleia da República.

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António Costa fala na noite eleitoral
por RTP

"Provavelmente, não será hoje conhecido o resultado final"

O primeiro-ministro cessante admite possibilidade de não serem conhecidos já esta noite os resultados finais destas eleições.

António Costa começou a intervenção por agradecer aos portugueses pela "forma notável como correram às urnas, tendo havido uma redução muito significativa da abstenção".
Referindo que os resultados, até ao momento, são diferentes dos projetados inicialmente, o ainda primeiro-ministro admitiu que, "provavelmente, não será hoje conhecido o resultado final".

"Em termos de mandatos há praticamente um empate entre o PS e a AD. Em termos de votos, há uma proximidade muito grande", sustentou.

O ainda primeiro-ministro quis enfatizar que a "única certeza" que se pode ter é que, "tendo em conta o volume de votos que chegarão nos próximos dias dos círculos da emigração, provavelmente não será hoje" que se saberá o resultado das legislativas.

"A não ser que nas votações que ainda não conhecemos das grandes freguesias urbanas de Lisboa e do Porto a margem se torne tal que seja superior àquilo que seja o número de votos que ainda vão ficar por apurar", disse, apesar de insistir que "tudo indica neste momento que não é provável que se saiba hoje o resultado final".

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por RTP

João Gomes Cravinho diz que "Portugal sai mais frágil destas eleições"

À chegada à sede do PS, João Gomes Cravinho disse que "Portugal sai mais frágil destas eleições".

O ministro da Administração Interna considera que os "números finais ainda podem fazer alguma diferença", mas antevê um cenário de "instabilidade política".
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por RTP

José Luís Carneiro: "Quando o PS perde, perdemos todos"

José Luís Carneiro manifestou solidariedade com Pedro Nuno Santos e reagiu aos resultados conhecidos até agora dizendo que "quando o PS perde, perdemos todos". O socialista congratulou ainda a participação eleitoral destas eleições.

"Quando o PS ganha, ganhamos todos. Quando o PS perde, perdemos todos", reagiu José Luís Carneiro.

O adversário direto de Pedro Nuno Santos para a liderança do PS foi até à sede da noite eleitoral socialista para "dar um abraço fraterno e solidário" ao secretário-geral do partido.
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por RTP

Fernando Medina diz que projeções apontam para um cenário de "fragilidade e instabilidade"

Fernando Medina diz que as projeções de resultados eleitorais apontam pra um "quadro de grande fragilidade e instabilidade, na medida em que há um sistema que fica dependente de um partido de extrema-direita".

O ministro das Finanças felicitou a Aliança Democrática e a descida significativa da abstenção, mas salientou que "há um aspeto a lamentar: a subida do Chega".

Sobre os cenários de governabilidade, Medina defende que o debate tem de ser feito após apuração dos resultados eleitorais finais, mas considera que "a pior coisa que poderíamos fazer no nosso sistema político era qualquer tipo de bloco central formal ou informal".
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Hotel da AD pintado
por RTP

Ativistas do clima atiraram tinta à entrada do hotel escolhido pela Aliança Democrática

Foto: Diana Craveiro - Antena 1

A equipa de reportagem da RTP no local testemunhou a ação dos ativistas.

Os seguranças do hotel fecharam quase de imediato as portas para o exterior, onde um grupo das juventudes partidárias do PSD e do CDS-PP entoava o hino da campanha, enquanto os ativistas se manifestavam.
A Polícia de Segurança Pública confirmou à RTP que não há neste momento detidos, mas foram levadas quatro pessoas para serem identificadas.
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por Lusa

PS é o partido mais votado em Beja com 31,70% dos votos

O PS teve a maior percentagem de votos do distrito de Beja nas legislativas de hoje, mas elegeu um deputado, o mesmo número de mandatos alcançados pelo Chega e pela Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM), após o apuramento das 75 freguesias.

Em 2022, o PS tinha conseguido dois deputados neste círculo e a CDU (PCP/PEV) o terceiro.

É o seguinte o quadro completo dos resultados às 21h17, em comparação com os dados correspondentes às mesmas freguesias na eleição de 2022.

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por Lusa

PCP perde único deputado por Beja

O PCP perdeu o único deputado que tinha pelo distrito de Beja, João Dias, eleito nas eleições legislativas de 2022.

João Dias, que tem formação em enfermagem, tinha sido eleito pelo distrito de Beja entre a XIII e a XV legislaturas.

Depois de perder João Oliveira nas últimas legislativas de 30 de janeiro de 2022, que era cabeça de lista pelo distrito de Évora, o PCP perdeu o único deputado que tinha no Alentejo, que durante décadas foi considerado um bastião dos comunistas.

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por Lusa

Secretário-geral do PS é o primeiro líder partidário a ser eleito

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, foi o primeiro líder partidário a ser eleito nas legislativas de hoje, pelo círculo eleitoral de Aveiro.

Pedro Nuno Santos foi o primeiro deputado do PS a ser eleito pelo círculo de Aveiro, quando o partido que lidera conquistou 26,16 % dos votos já apurados e a AD (coligação PSD/CDS/PPM) vai à frente com 31,4%.

O secretário-geral do PS foi o cabeça de lista do PS por Aveiro, distrito de onde é natural.

Naquele distrito, a coligação AD (PSD/CDS/PPM) também já elegeu Emídio Ferreira dos Santos Sousa, com 37,38%.

Segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), estavam inscritos para votar 10.819.122 eleitores.

No total, serão eleitos 230 deputados, em 22 círculos eleitorais - 18 dos quais em Portugal continental e os restantes nos Açores, na Madeira, na Europa e fora da Europa.

Concorreram a estas legislativas antecipadas 18 forças políticas, menos três do que nas eleições de 2019 e 2022.

Nas legislativas anteriores, em 30 de janeiro de 2022, a taxa de abstenção situou-se nos 48,54%, tendo-se verificado uma descida em relação às legislativas de 2019, nas quais a taxa de abstenção atingiu o número recorde de 51,43%.

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Ana Catarina Mendes considera que PS deve ser "oposição fortíssima"

Ana Catarina Mendes já reagiu aos primeiras projeções e considera que o Partido Socialista "deve fazer uma oposição fortíssima àquilo que aí vem", porque se antevê que "aquilo que aí vem não seja bom para os portugueses".

A confirmarem-se as projeções, a ainda ministra adjunta e dos Assuntos Parlamentares, reforça a ideia de que o PS "deve ser oposição e deve estar vigilante àquilo que vai acontecer nos próximos meses".
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CDS-PP regressa ao Parlamento
por RTP

Partido celebra na rede social X a eleição de Nuno Melo

"Estamos de volta, com a confirmação que o nosso presidente, Nuno Melo, está eleito", lê-se na conta dos democratas-cristãos no X.

"Uma noite de vitória, um dia de mudança! Obrigado pela confiança, mais uma vez! ", acrescenta o partido.
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Manuel Alegre diz que o PS deve preparar alternativa para as próximas eleições

O histórico socialista falou esta noite aos jornalistas após saberem-se as primeiras projeções que dão à AD a vitória nestas legislativas. Manuel alegre diz que apesar da derrota o resultado do PS é honroso e que o partido deve agora preparar uma alternativa para as próximas eleições.

"O PS deve prepara-se para ser oposição e criar uma alternativa para as próximas eleições", estimou Manuel Alegre.

Quanto à subida do Chega que dá um grupo parlamentar que pode aproximar-se da meia centena de deputados, o socialista disse apenas que "como homem do 25 de Abril vejo com tristeza o resultado do Chega".

O resultado, diz, acontece face à "situação muito adversa para o PS e para Pedro Nuno", que, apesar de tudo, defende, "fez uma boa campanha".

Questionado sobre a possibilidade, face às combinações de resultados e à ascensão do partido de André Ventura, de novas eleições para breve, Manuel Alegre considera que "isso depende da capacidade da AD de formar governo".
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Líder do PPM aparece
por RTP

"Fiz o meu papel", resume Gonçalo da Câmara Pereira

O presidente do PPM - em silêncio durante a campanha - surgiu na noite eleitoral da AD para afirmar que, caso se confirme a vitória da AD, os monárquicos vão estar no próximo governo "com ou sem elementos".

"Fiz o meu papel, o papel do PPM foi apostar num líder que falasse por nós (...) Fazer qualquer coisa era fazer barulho sem necessidade, a nossa voz esteve sempre na boca dele, ele falou por nós", disse Câmara Pereira Câmara Pereira à chegada ao hotel próximo do Marquês de Pombal, em Lisboa, onde a Aliança Democrática está a seguir a noite eleitoral.
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PAN mantém linha vermelha sobre viabilização de um Governo da AD

Questionada sobre as projeções de resultados eleitorais que dão a vitória à Aliança Democrática, Inês Sousa Real garantiu que o PAN mantém a sua posição e não viabilizará um Governo da AD.

"Mantemos aquilo que dissemos até aqui. Os nossos valores estão acima de qualquer interesse político-partidário e por isso o PAN mantém aquilo que disse até este momento sobre a AD", disse a porta-voz do PAN, salientando que o partido "tem valores que são irrenunciáveis e que são incompatíveis com valores que a AD tem vindo a defender".

"Não estaremos disponíveis para viabilizar um Governo que, de alguma forma, afronte com os valores que o PAN representa na Assembleia da República", vincou, garantindo que o partido "não renuncia às suas causas e valores".

A projeção da Católica para a RTP põe como hipótese que o PAN abandone o Parlamento. Sobre esta conjuntura, Inês Sousa Real lembrou que ainda é cedo para se tirar conclusões e disse que vai "aguardar com serenidade" o apuramento dos resultados.
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Hugo Soares diz que projeções apontam "para grande sentimento de mudança"

Hugo Soares, secretário-geral do PSD, diz que as projeções de resultados eleitorais "apontam para uma vitória da Aliança Democrática e, sobretudo, para um grande sentimento de mudança no país".

"Encaramos estes resultados com grande tranquilidade, serenidade mas também com muita confiança", afirmou.
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Ventura diz que portugueses "querem um governo do Chega e da AD"

À saída da missa, André Ventura reagiu aos dados das primeiras projeções, afirmando que "é um resultado histórico" para o partido e para a direita em Portugal. O líder do Chega interpretou os dados da projeções como um sinal de que os portugueses querem um Governo da AD e do Chega.

"O Chega pode atingir esta noite mais de 20 por cento dos votos. É um resultado absolutamente histórico", começou por reagir André Ventura, que agradeceu a "todos os que saíram de casa para votar no Chega".

"Hoje é o dia em que se assinala o fim do bipartidarismo em Portugal", continuou, congratulando o facto de ir haver "uma maioria forte da direita para governar".

André Ventura considera que a partir desta noite, "temos de começar a trabalhar para que haja um governo estável em Portugal".

"Nós estamos disponíveis para construir um governo em Portugal", afirmou ainda o líder do Chega, sem confirmar que viabiliza um governo da AD.

Na interpretação de Ventura, "os portugueses disseram claramente que querem um governo de dois partidos: do Chega e da AD".

"Agora cabe aos líderes políticos interpretarem a vontade política do que hoje foi expresso".

Ainda sem resultados finais destas eleições, o líder partidário acrescentou que há "uma maioria para construir, um orçamento para aprovar e que isso só pode ser feito com o apoio do Chega".
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Secretário-geral adjunto do PS reconhece que resultado da projeção "fica aquém das expectativas"

João Torres, secretário-geral adjunto do Partido Socialista, reconhece que o resultado da projeção da Católica para a RTP "fica aquém das expectativas que tínhamos e para as quais trabalhamos com muito afinco".

"Mas a democracia é assim mesmo e agora o que é fundamental é aguardar pela evolução da divulgação dos resultados eleitorais", acrescenta.

Naquela que foi a primeira reação formal do PS à projeção da Católica para a RTP, o secretário-geral adjunto do PS começou por saudar a descida da abstenção e agradeceu a todos os que confiaram o voto no PS.
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CDU diz que "resultados ainda estão longe de serem apurados"

As primeiras projeções dão à CDU 2 a 4 por cento dos votos, o que significa que a coligação pode eleger dois a três deputados. Numa primeira reação a estes dados, João Frazão da Comissão Política do PCP afirmou à RTP começou por dizer que ainda há "uma noite eleitoral pela frente" e que os "resultados estão ainda longe de serem apurados".

O que as projeções indicam, quanto à CDU, é uma "ideia de resistência", porque é o partido com que os trabalhos contam, disse ainda João Frazão.
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Chega destaca "noite histórica e de viragem à direita"

Em reação à projeção da Católica para a RTP, Pedro Pinto, deputado do Chega, destaca a "noite histórica" que significa uma "viragem à direita".

"Uma cosia é certa: o Chega é quem mais sobe e a esquerda não ganha em Portugal", disse Pedro Pinto.

O deputado do Chega ressalva, no entanto, que "ainda é muito cedo" e a "noite é longa" e, por isso, não antecipar cenários e deixa para mais tarde as respostas sobre governabilidade.
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Projeção da Católica para a RTP dá vitória à AD com máximo de 33%

Antena 1

A AD vence as eleições legislativas com uma votação entre 29 e 33 por cento, de acordo com a projeção da Universidade Católica para a RTP. O PS fica na segunda posição, com 25 a 29 por cento e o Chega recolhe 14 a 17 por cento da votação.

De acordo com o estudo da Católica, a AD arrecada entre 29 e 33 por cento, acima dos 25 a 29 por cento que o PS poderá garantir. Estas percentagens são traduzidas para a AD num número de parlamentares entre 83 e 91. Os socialistas deverão assegurar de 69 a 77 deputados.

Em terceiro lugar nesta projeção ficou o Chega, com 14 a 17 por cento dos votos e 40 a 46 deputados.

Seguem-se a Iniciativa Liberal com 5 a 7 por cento (7 a 10 parlamentares), o Bloco de Esquerda com 4 a 6 por cento (5 a 7 mandatos), o Livre com 3 a 5 por cento (4 a 6 lugares) e a CDU com 2 a 4 por cento (2 a 3 assentos).

Na oitava posição surge o PAN com 1,5 a 2,5 por cento que poderão corresponder a zero ou dois deputados.

Como nota de curiosidade, a pequena formação política ADN consegue, segundo a projeção da Católica, arrecadar entre 0,5 e 1,5 por cento dos votos, percentagem não muito distante da representação parlamentar.
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Rui Tavares considera que maior afluência às urnas "beneficia a democracia"

Rui Tavares considera que é "sempre bom que tantas pessoas quanto possível exerçam o seu direito e o seu dever de contribuir para as decisões mais importantes da nossa comunidade". O candidato do Livre admitiu que o que o deixa mais confiante é a "reação das pessoas" que acreditam numa esquerda verde.

A maior afluência à urnas, na opinião de Rui Tavares, beneficia a democracia.
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Catarina Martins vê como "bom sinal" baixa abstenção

Catarina Martins afirmou que "é um bom sinal" haver uma abstenção mais baixa. A anterior líder bloquista salientou o "orgulho" da campanha do Bloco de Esquerda.

"Haver uma abstenção baixa é sempre um bom sinal", começou por responder aos jornalistas Catarina Martins.

Mas o mais importante para a anterior coordenadora do BE, é o "imenso orgulho desta campanha do Bloco de Esquerda".

"A Mariana Mortágua esteve extraordinária em cada dia desta campanha. Foi a líder política mais preparada que este país já conheceu e tenho a certeza que o Bloco de Esquerda com ela continuará a ser a esquerda de confiança, combativa e incansável que toda a gente conhece".
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Chega. Rui Paulo Sousa diz que baixa abstenção mostra que portugueses estão "muito preocupados"

Rui Paulo Sousa, um dos secretários-gerais do Chega, destaca a projeção da taxa de abstenção, que aponta para um dos valores mais baixos das últimas décadas.

"Estamos extremamente satisfeitos com participação", afirmou.

"Acreditamos que estamos numa altura que preocupa muito os portugueses. Eles sentiram isso e que era seu dever votar e dar uma resposta aos acontecimentos destes últimos anos no nosso país", declarou Rui Paulo Sousa na sede do Chega, em Lisboa.
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Francisco Louçã considera "bom indício" menor abstenção

O antigo coordenador do Bloco de Esquerda considerou um "bom indício que as pessoas votem" e que "é bom para a democracia". Francisco Louçã afirmou aos jornalistas que a "esquerda faz diferença na vida das pessoas" e que garante mais resposta aos problemas das pessoas, como em questões da habitação ou da saúde.

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AD aguarda resultados com "toda a serenidade, confiança e otimismo"

Margarida Balseiro Lopes, porta-voz da AD, afirmou que a coligação está a aguardar os resultados eleitorais "com toda a serenidade, confiança e otimismo".

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Abstenção. Projeção da Universidade Católica prevê 32% a 38% de abstenção

Foto: Nuno Patrício - RTP

A abstenção nestas legislativas deverá ficar entre 32 a 38 por cento, de acordo com a previsão da Universidade Católica. Estes números significam a possibilidade de redução dos abstencionistas, na melhor das hipóteses, em mais de 16 pontos percentuais.



Nas eleições de 30 de janeiro de 2022, a abstenção foi de 48,54 por cento, o que correspondeu a 4,5 milhões de eleitores, mas ainda assim uma taxa menor do que aquela registada nas legislativas anteriores, apenas dois anos antes.

Nesse ano de 2019 a abstenção haveria de registar os valores mais elevados de sempre: 51,4 por cento, quebrando uma tradição de uma década em que a taxa se manteve na casa das quatro dezenas, desde 2009.

Nas eleições de 1991 a 2004 a taxa de abstenção manteve-se na casa das três dezenas; nas três eleições legislativas que tiveram lugar de 1983 a 1987, a taxa esteve na casa das duas dezenas.
Na década anterior, as eleições registariam em 1975, nas primeiras eleições livres pós 25 de abril, a menor abstenção de sempre, com meros 8,5 por cento. No ano seguinte, os valores seria já o dobro, uma tendencia de subida confirmada nas décadas seguintes até aos dias de hoje.
Afluência às 16h00 era de 51,96%

De acordo com dados do Ministério da Administração Interna, cerca de 51,96% dos eleitores inscritos nas eleições deste domingo tinham votado até às 16h00.

Segundo o MAI, até às 16h00 votaram 51,96% dos eleitores, uma percentagem superior à das últimas legislativas, realizadas em 30 de janeiro de 2022, quando a afluência média às urnas à mesma hora se estimava em 45,66%. 

Este valor corresponde a 5,6 milhões de eleitores, quando há dois anos às 16h00 tinham votado 4,9 milhões de pessoas.

As mesas de voto abriram às 8h00 em Portugal Continental e na Madeira, encerrando às 19h00. Nos Açores abriram uma hora mais tarde, fechando também uma hora mais tarde em relação à hora de Lisboa.

De acordo com a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), estavam em condições de votar 10,8 milhões de eleitores.

No total, serão eleitos 230 deputados, em 22 círculos eleitorais - 18 dos quais em Portugal Continental e os restantes nos Açores, na Madeira, na Europa e fora da Europa -, num ato eleitoral que terá um custo a rondar os 24 milhões de euros.

c/ Lusa

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Pedro Nuno Santos chegou ao quartel-general do PS

Pedro Nuno Santos também já está no quartel-general do Partido Socialista, em Lisboa. Abordado pelos jornalistas, o candidato socialista afirmou que é "um dia importante para a democracia" e para Portugal.

"É um dia muito importante para todos nós, o mais importante da nossa democracia quando escolhemos quem vai governar Portugal, quando escolhemos os deputados", afirmou.

"É um grande dia para Portugal", disse ainda, não respondendo às questões da comunicação social, alegando que as urnas ainda "estão abertas".
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Nuno Melo diz estar "muito confiante" para a noite eleitoral

Em declarações na sede da Aliança Democrática, Nuno Melo disse estar "muito confiante" para esta noite eleitoral e sublinhou o aumento da participação nestas eleições.

"Estou muito confiante porque acho que o que a AD fez na rua leva-nos a crer que alguma coisa importante para o país vai acontecer", disse o presidente do CDS em declarações aos jornalistas.
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Montenegro já está no hotel onde vai assistir à noite eleitoral

Luís Montenegro já está no hotel, em Lisboa, onde vai assistir aos resultados da noite eleitoral. Aos jornalistas, o candidato da Aliança Democrática considerou que seria "um bom sinal" se se confirmassem os dados sobre uma maior participação dos eleitores. O líder social-democrata admitiu ainda estar preparado para qualquer cenário e não tem ainda um discurso preparado para esta noite.

Se se confirmar a maior participação às urnas, o candidato da AD considera que é "um bom sinal".

"É sinal de que fomos todos suficientemente apelativos para que os portugueses pudessem sentir vontade de tomar a decisão que é relevantíssima para os próximos anos", afirmou aos jornalistas, à chegada ao hotel.

Questionado se está preparado e confiante para qualquer cenário, Montenegro assegurou que o estava "desde a primeira hora e até à última".
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Luís Montenegro já saiu da sede do PSD em Lisboa

Luís Montenegro já se deslocou da sede do PSD rumo ao hotel onde vai assistir à noite eleitoral. No caminho, a comitiva da Aliança Democrática passou junto ao Largo do Rato, perto da sede do Partido Socialista. À RTP, o candidato da AD garantiu que o percurso era o previsto.

"Foi uma forma de fazer a transição entre a sede do Largo do Rato para a sede de São Caetano, num próximo ciclo governativo", disse em tom de brincadeira Montenegro.

"É o percurso normal", assegurou, acrescentando que não havia necessidade de fazer alterações ao trajeto para evitar passar na sede do partido adversário.
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Carlos César destaca afluência às urnas como "boa notícia para a democracia"

Em declarações à porta da sede do PS, em Lisboa, o presidente dos socialistas, Carlos César, destacou a participação dos portugueses nestas eleições.

"O que interessa para mim é que estas eleições decorreram, apesar de um ou outro incidente, razoavelmente bem. E a participação dos portugueses parece ser mais elevada e quando assim acontece é sempre uma boa notícia para a democracia", afirmou.

Carlos César criticou ainda as declarações na imprensa atribuídas ao presidente da República sobre cenários governativos ainda antes das eleições. Para Carlos César, Marcelo Rebelo de Sousa "foi além do que devia".
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"Indícios do crime de propaganda"
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CNE remete declarações de Miguel Albuquerque para o Ministério Público

A Comissão Nacional de Eleições decidiu enviar para o Ministério Público declarações do presidente demissionário do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, proferidas no momento em que foi votar. A estrutura considera que houve "indícios do crime de propaganda".

A CNE recebeu "várias participações" relativas às declarações de Miguel Albuquerque. Perante as declarações transmitidas pela CNN Portugal e no Diário de Notícias da Madeira, a CNE, afirma esta estrutura em comunicado citado pela agência Lusa, decidiu "remeter os elementos do processo ao Ministério Público por haver indícios do crime de propaganda em dia de eleição e junto à assembleia de voto e determinar aos órgãos de comunicação social que cessem a divulgação de tais declarações".

Miguel Albuquerque considerou que a crise política na região não iria afastar os madeirenses do voto, mostrando-se confiante na vitória de um partido e atribuindo a um outro partido um "grande desgaste". No entender da CNE, as declarações a duas candidaturas às eleições "podem interferir no processo de formação de vontade dos eleitores e, assim, inserir-se no âmbito da proibição de realização de propaganda no dia da eleição".
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Menos de uma hora para o fecho das urnas
por RTP

Equipas de reportagem da RTP mostram ambiente em mesas de voto de norte a sul do país

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Acompanhamento digital
por RTP

Atualização ao minuto no site RTP Notícias

O escrutínio das legislativas vai ser acompanhado numa edição especial da RTP1, da RTP3 e com atualização ao minuto no site da RTP Notícias, a partir de todas as plataformas online.
A redação multimédia é responsável pela informação atualizada num artigo especial e pela produção de artigos, vídeos e áudios e toda a informação disponível na página da RTP.
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Emissão especial
por RTP

Legislativas 2024. Os momentos decisivos

O início da emissão especial na RTP1 e na RTP3 está marcado para as 18h00 - a projeção da abstenção é conhecida às 19h00 e a projeção de resultados às 20h00.

Esta noite, a estação pública vai trazer todas as informações sobre todos os instantes decisivos com recurso a nova tecnologia e um estúdio transformado.
A contagem dos votos e as reações dos partidos são seguidas ao minuto.
17h50. Ponto de situação
Para estas eleições legislativas foram chamados mais de 10,8 milhões de eleitores residentes em Portugal e no estrangeiro. Em jogo estão 230 assentos parlamentares e a definição do próximo governo.

Até às 12h00, a afluência às urnas era de 25,21 por cento, segundo os dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna. Nas últimas legislativas, realizadas a 30 de janeiro de 2022, a afluência média, à mesma hora, estimava-se em 23,27 por cento.

Pelas 16h00, a afluência estava calculada em 51,96 por cento, igualmente acima dos valores de há dois anos, quando se registaram 45,66 por cento.

Os líderes dos partidos dirigiram-se durante a manhã às respetivas secções de voto.

À direita, houve um apelo generalizado para que as pessoas não deixassem de votar, apesar do mau tempo previsto para algumas regiões do país.
À esquerda, as figuras de proa nas listas descreveram este dia como uma oportunidade única para celebrar os 50 anos do 25 de Abril e reforçar a democracia.
O primeiro-ministro cessante, António Costa, votou já depois do meio-dia, apelando aos portugueses para que não ficassem em casa. Disse ainda que, pela primeira vez em 30 anos, seria somente "adepto de bancada".
Quem também votou ainda durante a manhã foi Aníbal Cavaco Silva. O ex-presidente da República admitiu ter ficado impressionado com a afluência às urnas.
Por sua vez, o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, quis sublinhar que este seria o dia de respeitar o que o "o povo decidir".
Agradeceu ainda aos 65 mil voluntários a trabalhar nas mesas de voto.

No sábado, o presidente da República, que votou antecipadamente no fim de semana anterior, fez uma declaração ao país para defender que ninguém pode condicionar a vontade do povo e apelar ao voto de todos os que se afastaram e desiludiram.
O chefe de Estado lembrou a importância de combater a abstenção, num discurso centrado na degradação da situação internacional e no impacto das guerras.

Ao longo do dia, fomos acompanhando aqui os principais acontecimentos - a votação em todo o país e as declarações de figuras políticas.
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Queixas sobre siglas no boletim de voto. CNE delibera que comunicação social não pode referir siglas e partidos a este respeito

A Comissão Nacional de Eleições afirmou entretanto que os nomes dos partidos e coligações não devem ser abordados nem discutidos em dia de eleições, "sob pena de tal questão poder consagrar uma violação da lei eleitoral".

"As denominações, siglas e símbolos dos partidos e coligações que constam dos boletins de voto são, como legalmente têm que ser, as que se encontram no registo do Tribunal Constitucional. O tema não deve ser abordado nem discutido em dia de eleições, sob pena de tal questão poder consagrar uma violação da lei eleitoral", disse a CNE em comunicado.

No mesmo documento, a CNE determinou que "os órgãos de comunicação social cessem qualquer referência a quaisquer candidaturas ou partidos políticos a respeito deste tema". O órgão superior da administração eleitoral esclareceu ainda que o voto depois de depositado na urna não pode ser repetido.

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