Cavaco surge em fim de campanha para dizer que "só votação na AD garante estabilidade"

por RTP

Foto: Tiago Petinga - Lusa

Aníbal Cavaco Silva juntou-se esta sexta-feira às lideranças da Aliança Democrática para um almoço em Lisboa. O antigo primeiro-ministro e presidente da República argumentou que não poderia manter-se em silêncio nesta campanha para as eleições legislativas.

Foi à entrada para um almoço organizado por ocasião do Dia da Mulher, no âmbito da campanha da AD, que Cavaco sustentou que, "em consciência, não podia ficar calado".

"Considero que é meu dever cívico dizer aos portugueses que só uma votação forte na AD garante a estabilidade política, a resolução dos problemas económicos e sociais do país e a mudança que Portugal precisa", defendeu.Numa curta declaração ao lado da mulher, Maria Cavaco Silva, dos líderes do PSD, Luís Montenegro, e do CDS-PP, Nuno Melo, e do presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, Cavaco salientou que "o apoio das mulheres foi decisivo" para os seus resultados no passado.


"Mas eu estou aqui hoje porque sei muito bem que Portugal se encontra numa situação particularmente difícil em resultado dos erros de oito anos do Governo socialista: salários baixos, pensões de reforma que não garantem uma vida com dignidade, impostos elevadíssimos e jovens em fuga do seu país do nosso Portugal para no estrangeiro conseguirem uma vida melhor", reprovou o antigo chefe de Estado.

Cavaco Silva deixou ainda palavras de elogio a Luís Montenegro: "Demonstrou que está bem preparado para ser primeiro-ministro, para dirigir o governo, para coordenar e orientar os ministros, como manda a Constituição".

O antigo governante quis ainda argumentar que, no decurso da campanha, Montenegro "concentrou as intervenções nas políticas que um governo da AD se propõe executar e demonstrou serenidade e seriedade nos seus discursos".

"É por tudo isto que, em consciência, decidi abrir uma exceção para dizer de forma muito clara que no próximo domingo o voto na AD dirigida pelo doutor Luís Montenegro é a melhor solução para todos os portugueses", concluiu.
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