Ainda não tinham saído resultados oficiais consolidados e já Assunção Cristas se preparava para anunciar que iria pedir um congresso antecipado e que não se iria recandidatar à liderança do partido. Cristas assumiu os maus resultados em perspetiva nestas eleições legislativas e confessou que o partido se sentiu “uma voz isolada no Parlamento”.
Eram 21h00 e Cristas surgia perante os jornalistas para uma curta declaração de um minuto e meio, sem direito a perguntas e respostas.
“Construímos um projeto alternativo para o país que, claramente, não foi escolhido nestas eleições”, afirmou, numa altura em que apenas eram conhecidas as projeções que apontavam para uma queda abrupta em termos de representação parlamentar do CDS-PP.
“Por vezes, sentimos que fomos uma voz isolada no Parlamento”, assumiu a ainda líder do CDS, para logo de seguida passar às consequências dos previsíveis resultados finais.
“Tenho a certeza que o CDS, partido estruturante da nossa democracia, encontrará forma de construir o seu futuro e de contribuir para a construção de uma alternativa de centro-direita em Portugal”, concluiu, para depois abandonar a sala e a sede do partido sem prestar mais declarações aos jornalistas.
A projeção de resultados da Universidade Católica para a RTP apontava para um resultado de 3 a 5% e a eleições de, no mínimo, 4 deputados e, no máximo, 6 deputados.
Em 2015, o CDS-PP foi a eleições coligado com o PSD – coligação Portugal à Frente – e conseguiu eleger 18 deputados.